Sonhei que era a tua amante querida,
A tua amante feliz e invejada;
Sonhei que tinha uma casita branca
À beira dum regato edificada…
Tu vinha ver-me, misteriosamente,
A horas mortas quando a terra é monge
Bater o coração quando de longe
Te ouvia os passos. E anelante
Estava nos teus braços num instante,
Fitando com amor os olhos teus!
E, vê tu, meu encanto, a doce mágoa:
Acordei com os olhos rasos d´água,
Ouvindo a tua voz num longo adeus!!!
Florbela Espanca - Trocando olhares
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Sonhos
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