Já não é a noite que promete algum desejo
e o amanhecer não reflecte mais quimeras
no olhar.
Aquilo que era sol em cada verso
são os caídos,
é a queda
de cada pedra companheira
movida ainda sabe-se lá por que impulsão
após a morte!
As palavras que prometem
vêm depois que silvam balas
e a decisão dos homens.
Restamos nós rochedos brutos da montanha
face voltada ao amanhã que sempre nos guiou.
Cairemos não importa.
Nós somos o carvão da luz futura.
Poesia com armas, Costa Andrade, Sá da Costa, Lisboa, 1975
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Já Não É...
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