Naquele ano fatal da Grande Perdição
Que deflagrou, no mundo, un nouvel âge,
Chegou aqui surgido de Cantão,
Pra onde o arrebatara o furor de um tufão,
poeta Bocage.
Achou a terra decadente e estranha
E a gente ora mendiga ora devassa.
E enquanto, num soneto, a satiriza, entoa
Meigas estrofes à "magnânima Saldanha"
(Marília, ao celebrar-lhe a formusura e a graça)
E um hino de lisonjas à "preclara Hulhoa"
Quase um ano inteiro (quase uma vida inteira!)
Por Macau bocejou e vageou à toa.
Mas, por mercê de Lázaro Ferreira,
Um dia, enfim, pôde enrolar a esteira
E voltar a Lisboa.
sábado, 28 de julho de 2007
Bocage
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