Deste lado da história
o rio morre aqui.
Do mar sabemos nós e aos capitães
a fama da conquista.
Faço-me ao Sul
porque pertenço ao Norte
e a costa só me serve p'ra cumprir
tarefas de abandono.
Meu fim é circular, ir mais além.
Por isso eu sei de estrelas
direcções
e nada sei de fruto
que se projecta e espera.
Cumpro tarefas, sim, porque viajo.
Assim nasci
sabendo o que me aguarda após a descoberta.
Fronteiras
só conheço as do meu lar
e sei amá-lo, só,
noutras distancias.
De Deus, empreendi que mora aqui no mar,
porque sou eu
quém lhe constrói a face.
Ao Rei e a Vós
apenas dou noticias do rumo horizontal.
Pois que sabeis da vertical sagueza?
(1972)
Nota:
(Santarém, Portugal 1941 Radicado em Angola desde 1963)
quinta-feira, 26 de julho de 2007
DIOGO CÃO ÀS PORTAS DO ZAIRE
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