Coqueiros esguios - leques ao vento abanando a Ilha. Um dongo flutua na baia. E ela, a negra maravilha condecorada com reflexos de prata com que o céu a está beijando, com que o céu a está vestindo, - adormeceu sonhando placidamente sorrindo. Nas águas verdes da baia calma, caem pétalas vermelhas de uma linda flor de ónix! E o timoneiro, um preto atleta, jovem pescador é um brutal Cupido, - é o Deus do Amor em bronze reproduzido! Nas águas verdes da baia calma, caem pétalas de sangue, duma flor já desfolhada... Um dongo flutua na baia. Vai rompendo a madrugada! (Tatuagem - poesia d'África) (1942)
quinta-feira, 26 de julho de 2007
ROMANCE DE LUANDA
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