[À Academia Monárquica]
Passa El-Rei. Vai nos braços do seu povo.
O Reino é velho, mas o Rei é novo;
Por isso vai levado
Numa onda de ternura e de carinho,
Que aflui de cada lado,
Enchendo-lhe de bençãos o caminho.
Viva El-Rei! Viva El-Rei!
E El-Rei, sorrindo,
- Meu Deus, quando sorri como ele é lindo! -
Afaga a multidão que grita e o aclama;
E no ar, bocas em brasa, olhos em chama,
O ergue na certeza
De que ergue e aclama a Pátria portuguesa.
Viva El-rei! Viva a Pàtria! … A Pátria nova
Há-de surgir da Pátria velha. O povo,
Se a Pàtria é velha, vê que o Rei é novo,
É erguendo o Rei que a Pátria se renova.
Pombas, flores, damascos, colgaduras,
Tremem no espaço. Vai El-Rei passando …
Com ele passa o coração sonhando,
Liberto de amarguras.
Passa com ele a Pátria … Mocidade,
Erguei-o, aclamai-o;
Ele é formoso como o mês de Maio
E tem a vossa idade.
E gritai: Viva a Pátria! Viva El-Rei!
Que embora o mar em fúria se encapele,
Ameaçador, se El-Rei viver, sabei
Que a Pátria nova há-de viver com ele.
[Obras do Conde de Monsaraz]
sábado, 1 de dezembro de 2007
PÁTRIA NOVA
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário