segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Hino a Gandembel



Hino a Gandembel

Gandembel das morteiradas,
Dos abrigos de madeira
Onde nós, pobres soldados,
Imitamos a toupeira.

- Meu Alferes, uma saída!
Tudo começa a correr.
- Não é pr’aqui, é pr’ponte!,
Logo se ouve dizer.

Oh!, Gandembel,
És alvo das canhoadas,
Verilaites (1) e morteiradas.
Oh!, Gandembel,
Refúgio de vampiros,
Onde se ligam os rádios
Ao som de estrondos e tiros.

A comida principal
É arroz, massa e feijão.
P’ra se ir ao dabliucê (2)
É preciso protecção.

Gandembel, encantador,
És um campo de nudismo,
Onde o fogo de artifício
É feito p’lo terrorismo.

Temos por v’zinhos Balana (3),
Do outro lado o Guilleje,
E ao som das canhoadas
Só a Gê-Três (4) te protege.

Bebida, diz que nem pó,
Só chocolate ou leitinho;
Patacão, diz que não há,
Acontece o mesmo ao vinho!

Recolha: José Teixeira / Revisão de texto: L.G.
____

(1) Verylights
(2) WC
(3) A famosa ponte Balana
(4) A espingarda automática G-3
Fonte: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné

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