terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Huíla

Foi no dia que soube que não eras para mim
que a minha vida mudou e o Mundo deu uma volta
a minha alma despedaçada exigia revolta
mas o coração apaixonado chorava assim:

Ó terra bendita que tens os meus antepassados
gente boa, gente má, corajosas e obreiras
que te edificaram em sacrifícios chorados por carpideiras,
eu vou, mas o teu encanto cantarei em meus fados.

E assim tenho vivido no sono da indolência
com os verdes da Chela que ancila a minha paixão
e as cascatas e os frutos que me suavizam a aparência.

E vou cantar-te até morrer, Huíla, numa canção
que te recorde e aos outros leve o teu encanto
e a lição do batuque do óbito em tradição e pranto.

Fonte: Blogue de José Jorge Grade - Post de 26Março de 2007

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