domingo, 5 de agosto de 2007

Agora toma a espada, agora a pena


Agora toma a espada, agora a pena,
Estácio nosso, em ambas celebrado;
sendo ou no salso mar de Marte amado,
ou na água amante da Camena.


Cisne sonoro por ribeira amena
de mi, para cantar-te, é cobiçado;
porque não podes tu ser bem cantado
de ruda frauta nem de a agreste avena.


Se eu, que a pena tomei, tomei a espada
para poder jogar, licença tenho
desta alta influição de dous planetas.


Com üa e outra luz, deles lograda,
tu com pujante braço, ardente engenho,
serás Faró a soldados e a poetas.


Sonetos


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