quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Adamastor cruel

Adamastor cruel!... De teus furores
Quantas vezes me lembro horrorizado!
Ó monstro! Quantas vezes tens tragado
Do soberbo Oriente dos domadores!

Parece-me que entregue a vis traidores
Estou vendo Sepúlveda afamado,
Co(m) a esposa, e co(m) (o)s filhinhos abraçado
Qual Mavorte com Vênus e os Amores.

Parece-me que vejo o triste esposo,
Perdida a tenra prole e a bela dama,
Às garras dos leões correr furioso.

Bem te vingaste em nós do afouto Gama!
Pelos nossos desastres és famoso:
Maldito Adamastor! Maldita fama!

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