quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Luanda

Luanda !, se agora n o te reconheço
na minha velhice, em tua mocidade,
porque sou eu, que me desconheço,
porque me perdi no tempo e na idade.

Ainda encontro, em minha própria saudade,
recordações, de que jamais esqueço !,
daquele pôr do sol, com que me aqueço !,
como o vimos na nossa mocidade.

Luanda !, onde, há muito tempo!, um tempo vivi,
mesmo quando, por esse mundo fora,
de ti me afastei e de ti me perdi,

a tua terra vermelha existe e mora
dentro da minha alma, e, dentro de ti,
quero jazer, quando me for embora ....

Luanda, 06 de Outubro de 2003

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