sexta-feira, 3 de abril de 2009

Rio Cambalo

Meu lindo rio, rio do cambalo
de tranquilas águas sussurrantes!
deixa lembrar-te só por uns instantes
nesta saudade, hoje, em que me embalo!

às tuas margens com carinho falo,
embora eu, vejo como estão distantes
as tuas águas, ecosmuemurantes
de que oiço num secreto e mudo abalo!

rio cambalo, sobre as tuas águas
lanço este canto que por ti cantei
no sentimento destas minhas mágoas!

E timoneira deste sonho lindo…
Vai ao encontro do que aí deixei
Presa à minha alma, num choro infindo!

Maria Joana Couto nasceu no Sumbe em 1909. Viveu na Figueira da Foz, tendo colaborado na imprensa local. Em 1963 editou um romance, “Sol tropical”.

1 comentário:

Fabio Oliveira disse...

É tão bom saber que a poesia vive há tanto tempo no meio da nossa sociedade.....impressionante a vitalidade desse soneto......valei...agradeço a sua publicação e resgate tá certo..

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