segunda-feira, 20 de abril de 2009

AMOR SACRÍLEGO


No meu negro pretérito já passado
Há a sombra triste dum amor imenso.
Imenso mas cruel por ter deixado
O perfume doce do seu incenso.
Amei-o, sim, em doce chama
Meu coração de menina lhe concedi.
Perdi a fé, a paz, perdi a alma,
E era um sacrilégio amar assim.
Era um sacrilégio, mas no seu todo,
Nosso amor era um raro sortilégio…
Criamo-lo neve e era lodo,
Criamo-lo santo e era sacrilégio.
Esse amor, esse amor, foi todo meu.
Em mim, seus laços ficaram impressos.
Nosso amor era luz e era sombra
E eram prantos e risos os nossos beijos.
E foi um sacrilégio e foi loucura
Foi loucura de amor, foi um lamento,
Como um hino imenso de amargura
Como um imenso, lento tormento.

Fonte: Blogue "Infinito"

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