quarta-feira, 22 de abril de 2009

Língua Chã

Escrevo em português
Corrente e liso.
Não preciso
De formas desvairadas
Camufladas
De falsa erudição,
Pedante sabedoria.

Minha fala é clara
Simples e chã
Como o odor da maresia
Que o mar tem pela manhã.

P'ra todos me entendam
Pois então
Logo ás primeiras
Logo de repente.

Detesto o vernáculo
Abobino o calão.
Não me armo em sábio
Nem quero ser sabão.
Sou apenas prosaicamente
Alguém prosaicamente
Alguém que não engana.
Um elo da cadeia lusitana,
Um pedaço de gente.

Fonte: "Amor de Sombras e Luz" de Maria Ramajal Jorge, Editorial Minerva

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