segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Não basta abrir a janela

Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver a janela se a janela se abrisse
Que nunca é o que vê quando se abre a janela.

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