Sentei-me à mesa do fado
Embriaguei-me de mim
Deitei-me em pontos finais
Entre memórias de cantos
Soluçando mares de prantos
À vela dos meus sinais
Não me levaram de mim
Que o Fado não é assim
Não vai indo nem vogando
É impressão digital
É A -Dê -Ene fatal
Que finge a fingir que é dor
A dor que vai na corrente
A dor que deveras sente
Se fores à fonte, Lisboa
Bebe a água dos meus ais
E no manto do teu rio
Escreve o meu cantar a fio
Com retinas soletradas
E ondas enrodilhadas
No tempo do teu navio ...
mariajosépraça. (N.126080 da SPA) -Setembro 2009 -
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