O silêncio não tem palavras.
Mas fala mais do que muitas palavras.
Nem sempre. Às vezes.
O olhar não tem voz.
O olhar não tem palavras.
Mas também fala mais do que muitas palavras.
Nem sempre. Também só às vezes.
Basta calar a voz.
E o silêncio fala.
Basta condensar uma frase numa lágrima.
E o olhar fala.
Sim, quantas vezes se fala sem falar,
Sem usar a voz,
Usando o silêncio,
Usando o olhar...
E quantas vezes falamos sem querer falar,
Tão simplesmente com o olhar?
Quantas vezes pronunciamos o que não queremos
Tão simplesmente com o silêncio que fazemos?
Pombal, 17 de Outubro de 2001
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