terça-feira, 26 de maio de 2009

Na sombra da Mulemba

No começo da tarde
Quando o sol aquecia
Toda a sombra era boa.
Mas nenhumas era igual
À da velha mulemba
Onde todos os dias
Velho Temba encostava
O seu corpo cansado.

Na sombra da mulemba
Velho Temba cachimbava,
Crianças brincavam,
Corriam, saltavam,
Na sombra da mulemba
Velho Temba Cachimbava.

Era um tempo de espera
Até vir um aceno
A chamar as crianças.
Ansiosas sentavam
No chão fresco da sombra
E o silêncio ficava
A ouvir as histórias
Que o Sékulo contava.

Fonte: Entre Duas margens de Rui Manuel (Cuca), 2004, Pág. 28

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