quarta-feira, 6 de maio de 2009

A Coimbra

Minha cidade eterna e resumida,
como um sonho embrulhado
em névoa branca… e adormecida.
por outro sonho que a saudade quis
é que eu não sei agora
o que este engano diz.

a mão do “Só” me trouxe rio acima,
para beijar teu corpo imerso em sono…
e pura, debruçada sobre ti,
o mais que eu vi,
foi sempre este abandono…

e ainda é a mesma torre, sim…
e o casario.
e o jardim.
e a ternura infinda
da mesma capa ainda
ao vento solta!...

és tu, eterna em ti.
antero é que não volta.

agora,
na pedra nua deste longo dia
já ninguém chora…
e a dor que endoideceu,
é só quem anda pela noite fria,
à procura do sonho que morreu…


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