terça-feira, 15 de julho de 2008

A Sá da Bandeira



Fonte: Real República de Maconge
http://www.geocities.com/SouthBeach/Jetty/9543/


A Sá da Bandeira

Detenho-me a cismar e nunca mais atino
Porque há contradições de forma singular;
Como o tempo veloz, a ti, faz remoçar
E a mim me torna velho, a mim que era menino.

Chorava qulaquer outor a lei deste destino
Mas eu juro que não, talvez por te adorar.
Queor ver-te crescer, formosa, de encantar
Assim moça gentil, de trato lhano e fino.

Hei-de sempre sentir a sombra dos teus passos
Até que a morte venha desfaz
Que unem alma e corpo e dão expressão à vida!

Se a cidade puder levar nos olhos meus
Não háde custar tanto o derradeiro adeus,
Não háde ser tão triste a nossa despedida

Angola, 1957

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