via nonas by nonas on 7/24/08
SÓ ATÉ O ALGARVECaminhemos com decência,
E não em passo de alarve:
Vamos com V. Exª.
Mas somente até o Algarve…
Há distâncias desmedidas;
Não fomos feitos p`ra elas…
Não estamos para corridas,
A querer caçar estrelas.
Terra-a-terra, e não pivetes
Temos muita previdência.
Deixemo-nos de foguetes:
Caminhemos com decência.
Há p`ra aí boca taurina
E há pernaltas! – Só p`ra mofa… –
Nós temos a boca fina,
A perna curtinha e fofa…
Não somos galgo novato,
Nem um cavalo que escarve.
Nosso passo é moderato
E não o passo do alarve.
Temos os foles cansados;
Pode faltar-nos o ar…
Encargos muito pesados
Não pudemos sustentar.
Florir nas terras maninhas
É contra a nossa potência.
Para vénias… palmadinhas…,
Vamos com V. Exª.
Dar um giro cá na quinta
- Até faz bem à saúde!
E pôr ovos que dão tinta
De um oiro que nos ajude…
Depois saem pintainhos,
Brasis fora desse alarve…
Somos muito jeitosinhos,
Mas somente até o Algarve.
Goulart Nogueira - Poema inédito
E há pernaltas! – Só p`ra mofa… –
Nós temos a boca fina,
A perna curtinha e fofa…
Não somos galgo novato,
Nem um cavalo que escarve.
Nosso passo é moderato
E não o passo do alarve.
Temos os foles cansados;
Pode faltar-nos o ar…
Encargos muito pesados
Não pudemos sustentar.
Florir nas terras maninhas
É contra a nossa potência.
Para vénias… palmadinhas…,
Vamos com V. Exª.
Dar um giro cá na quinta
- Até faz bem à saúde!
E pôr ovos que dão tinta
De um oiro que nos ajude…
Depois saem pintainhos,
Brasis fora desse alarve…
Somos muito jeitosinhos,
Mas somente até o Algarve.
Goulart Nogueira - Poema inédito
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