sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Lembrança

passa um vento morno,
um vento morno
na trémula palmeira,
na neblina prateada.

envoltos na ténue distância
morros azuis de mata
já ao longe.
algures um sino suave tange.

no vento ondula como flâmula
uma saia berrante cor de sangue.

ávores de fruto pão
bailando, mãos abertas,
leques de bananeiras
oscilando lentamente.

visão fugidia, retratada
por inteiro
no livro silencioso da memória.

lembrança de s. Tomé,
sangue, trémula e prateada…

saudade de s. tomé


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