Na verdade, não sei onde estás.
Talvez no céu, desejo que no céu,
Longe deste País sem lei e sem paz
Onde tudo é escuro, escuro como breu.
A Pátria onde nasceste só te deu
O pão amargo da ofensa e dor.
Mas aqui ninguém nunca te esqueceu
E muitos sabemos teus versos de cor.
Quem sabe se Deus, quando te levou,
Quisesse livrar-te do que se passou
Depois da noite infeliz da abrilada;
E eu sinto que aí, nessas alturas
Nas quais só há pureza e não loucuras
Tu podes adivinhar a madrugada.
Francisco Ferro - (Nas vésperas do 10 de Junho de 2004)
Fonte Blogue Nonas - post de 29Jun2010
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