O marujo criou fama.
Desde um tal Vasco da Gama
Que no mar foi o primeiro;
E o Pedro Álvares Cabral
Só foi grande em Portugal
Por ter sido marinheiro.
A lutar como um soldado,
Peito ao léu, rosto queimado,
Ao sol da terra africana,
Com a farda em desalinho,
(Foi às ordens de Mouzinho
Que deu caça ao Gungunhana !
Quando o mar era um segredo,
Os antigos tinham medo
De perder-se ou ir a pique;
Só zombavam das porcelas
As primeiras caravelas
Do Infante Dom Henrique!
Fartos já de andar nos mares,
Também vamos pelos ares
Sem temor, abrir caminho;
Pois bem sabe toda a gente
Que o marujo mais valente
É o avô Gago Coutinho!
Nessa Alcântara afamada,
O marujo anda à pancada
E arma sempre espalhafato;
É que guarda na memória
O banzé que houve na história
Do António Prior do Crato.
Quando vai p'rá Fonte Santa
E dá largas à garganta,
P'la guitarra acompanhado.
Até chora o mundo inteiro,
Porque a voz do marinheiro
É a voz do próprio Fado!…
sexta-feira, 4 de junho de 2010
FADO DO MARINHEIRO de Estêvão Amarante
via Gago Coutinho by costapinto on 5/19/10
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