via nonas by nonas on 6/15/10
ESTERTORAmei o meu Portugal
Dei-lhe a minha poesia
E assisto ao seu final
Dia após dia.
Não há ninguém que lhe acuda
Com verdade combatente.
Só avisto quem o iluda
Só avisto quem lhe mente.
Pobre povo, onde, a raiz
Do que foi o "nobre povo"?
Não escutes quem te diz
Que está a erguer-te de novo.
Portugal, perdeste a estrada
Do império e do brasão.
Hoje não és nada, nada…
Nem pra quem estenda a mão.
Morreu em Évora-Monte,
E a coroa ao abandono
Serviu pra cingir a fronte
Da república no trono.
Já ninguém sabe de nós
Nem nos conforta a saudade,
Calou-se a voz dos avós:
A que me foi mocidade.
Dei-lhe a minha poesia
E assisto ao seu final
Dia após dia.
Não há ninguém que lhe acuda
Com verdade combatente.
Só avisto quem o iluda
Só avisto quem lhe mente.
Pobre povo, onde, a raiz
Do que foi o "nobre povo"?
Não escutes quem te diz
Que está a erguer-te de novo.
Portugal, perdeste a estrada
Do império e do brasão.
Hoje não és nada, nada…
Nem pra quem estenda a mão.
Morreu em Évora-Monte,
E a coroa ao abandono
Serviu pra cingir a fronte
Da república no trono.
Já ninguém sabe de nós
Nem nos conforta a saudade,
Calou-se a voz dos avós:
A que me foi mocidade.
António Manuel Couto Viana
(30.04.2010)
(30.04.2010)
Notas:
Poema declamado pelo actor Vítor de Sousa, após a missa de corpo presente, na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em 10 de Junho de 2010.
A fotografia é de Couto Viana com José Mendo em Tetuão, a 8 de Setembro de 1950.
Este perfeito e brilhante poema é o seu testamento poético, espiritual e político.
A fotografia é de Couto Viana com José Mendo em Tetuão, a 8 de Setembro de 1950.
Este perfeito e brilhante poema é o seu testamento poético, espiritual e político.
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