quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A Sombra de um Salgueiro

Fugi das chaminés.
do fumo, que era um denso nevoeiro.
e procurei, na beira dum regato.
a sombra de um salgueiro.

O silêncio, era música do céu;
o ar parado, absorto,
mas na água tranquila
vogava um peixe morto.

Fernanda de Castro, «Urgente» (1989)
Fonte: Blogue Fernanda de Castro

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