Não te conheço o rosto. Nunca vi
a tua luz, minha senhora Goa,
mas vejo-te envolvida no sari
da tua dor, que na minha alma ecoa.
Vejo subir, crescer o Mandovi
das lágrimas, do mal que te magoa;
e a tua voz de exausto co9libri,
de rola prisioneira, ouve-a Lisboa,
esta Lisboa que de longe espera
ver-te sorrir à nova Primavera,
já no mundo espalhada em mil sementes
que um dia hão-de florir, pela vontade
desta invencível Pátria da Saudade,
que somos nós, nos cinco continentes.
Fonte: Obras Completas de Fernanda de Castro - Poesia II, pág 244
sábado, 27 de dezembro de 2008
Minha Senhora Goa
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