Para o Adolfo Lizón
De longe, muito de longe, ao longe
Oiço tanger os sinos de Goa!
Quais sinos? De quem soam?!...
Por quem soam?!...
Chove! Chove em Goa e na Igreja do Apóstolo.
E chove pelos caminhos
Quem caminham para lá.
As palmeiras, nos palmares, dobram com a chuva.
E os rios, nos leitos, alargaram com a chuva.
E chove. Chove. Não pára de chover,
Como se a chuva fosse só prenúncio
Das lágrimas futuras…
E o sino, por quem tange?
Por quem tange?
Por quem soa?
- Ó portugueses, ó dramáticos sinos de Goa!
Goa, 11 de Julho de 1961
Fonte: livro "Não posso Dizer Adeus Às Armas", Págs. 34 e 35 de Amândio César
2 comentários:
RUI: triste saber que os portugueses vivem miseravelmente no sri lanka... Custa ouvir isso de quem emigrou ,para ter uma vida melhor... Teu lindo poema falando de palmeiras faz lembrar meus próprios poemas ,publicados no meu blog, sobre a utopia dos descobrimentos...CONTACTA, por favor
ABRAÇO DE Mª ELISA
http://lusibero.blogspot.com
Obrigado Maria Elisa Ribeiro pelo simpático comentário e por me dar a conhecer o seu blogue "lusibero" e a sua poesia.
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