via INCONFORMISTA.INFO by DB on 3/29/10
Quando eu morrer,não haja alarme!
Não deitem nada,
a tapar-me:
— nem mortalha.
Deixem-me recolher
à intimidade da minha carne,
como quem se acolhe a um pano de muralha
ou a uma nova morada,
talhada pela malha
da jornada...
— E que uma lágrima me valha...!
Uma lágrima — e mais nada...
2 comentários:
Rodrigo Emílio é um poeta nacionalista e patriota moderno que foi corajoso quando tantos se acorbardaram. É uma referência para todos os que não aceitam a história mentirosa contada pelos que pretendem apresentar o golpe do 25 de Abril de 1974 como um acto de honra e dignidade para Portugal e para a nação portuguesa.
Rui Moio
Mais um poema maravilhoso como só um grande poeta como foi Rodrigo Emílio
consegue construir. Uma duzia de palavras, de profundo significado,
de profunda amargura e desilusão, talvez motivadas pelo esquecimento a que foi votado.
Um abraço por nos proporcionar a leitura deste poema e fazer-nos relembrar, este grande poeta.
Enviar um comentário