terça-feira, 30 de março de 2010

Rodrigo Emílio (18/02/1944 — 28/03/2004)

via INCONFORMISTA.INFO by DB on 3/29/10
Quando eu morrer,
não haja alarme!
Não deitem nada,
a tapar-me:
— nem mortalha.

Deixem-me recolher
à intimidade da minha carne,
como quem se acolhe a um pano de muralha
ou a uma nova morada,
talhada pela malha
da jornada...

— E que uma lágrima me valha...!
Uma lágrima — e mais nada...

2 comentários:

Rui Moio disse...

Rodrigo Emílio é um poeta nacionalista e patriota moderno que foi corajoso quando tantos se acorbardaram. É uma referência para todos os que não aceitam a história mentirosa contada pelos que pretendem apresentar o golpe do 25 de Abril de 1974 como um acto de honra e dignidade para Portugal e para a nação portuguesa.
Rui Moio

Kalaari disse...

Mais um poema maravilhoso como só um grande poeta como foi Rodrigo Emílio
consegue construir. Uma duzia de palavras, de profundo significado,
de profunda amargura e desilusão, talvez motivadas pelo esquecimento a que foi votado.
Um abraço por nos proporcionar a leitura deste poema e fazer-nos relembrar, este grande poeta.

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