É tempo de regressar
às minhas parras coloridas
e ver a água a gelar
esquecer mágoas e feridas
e a todos abraçar
olho por cima dos ombros
vejo a mata, lembro Amadú
e nem tudo são escombros
há a ilha de Bolama
há Susana, há Varela
as ilhas de Bijagós
e a vida pode ser bela
se nunca estivermos sós
houve prazer e amor
em terras de Mampatá
senti a raiva e a dor
saudades do lado de lá
a distância e tanto mar
mas não há ódio ou rancor
e um dia... vou voltar.
Bissau 1974
sábado, 17 de maio de 2008
É tempo de regressar
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