domingo, 7 de fevereiro de 2010
Numa paz podre / Parida na fuga e na cobardia
Numa paz podre
Parida na fuga e na cobardia
Num tempo sem volta
Apenas se espera sobreviver
Escondendo continuamente
A mágoa da paz podre
Que eles fizeram
Pensando apenas neles
Não pensando em nós
Esqueceram avós e netos
E os camaradas de armas
Ou por outro jeito
Em séculos e séculos
E em todos os continentes
Por eles e por nós
Viveram e tantos morreram
Com honra e glória.
Numa paz podre
Parida na fuga e na cobardia
Resta só a nostalgia
De um tempo de honra e de glória.
Não podemos continuar
A calar a revolta
Que nos queima e nos desonra.
Não deixemos
Que as ruas e as praças
Se encham de nomes vergonhosos
De gente que não merece ser desta Nação.
Não os cantemos
Não os queremos no Panteão
Mas também não os esqueçamos
Como se não tivessem existido
Matemo-los
Com todas as facas que temos
Façamos a eles
O que eles nos fizeram
Façamos nós,
Os que ainda estamos vivos
A justiça que os mortos merecem
De todos os continentes da Nação
Propositadamente desfeita
Por gente
Que esconde com a palavra “Liberdade”
Tamanha maldade e traição.
Rui Moio, elaborado a 07Dez2009 pelas 11h40 no restaurante Sabores do Mediterrâneo
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2 comentários:
Um poema belo e forte onde cada palavra é um hino à revolta e à dor.
Subscrevo tudo o que diz...Surpreendido? Não esteja... As nossas ideias, não os nossos
ideais, estão em constante mutação, principalmente quando verificamos que todo um povo foi vítima de oportunistas, que diàriamente deixam cair a máscara, fazendo-nos pensar que,finalmente, vivemos em paz.Só não nos esclarecem quanto à imensa podridão de que é feita essa paz.Mas lembremo-nos todos que as revoluções foram e são feitas para acabar com esse cenário. E nunca é tarde para fazermos as coisas mudarem...Basta o Povo acordar e bradar:''Basta''...
Um abraço da
Vera Lucia
Surpreendido estou, e muito, muito contente pelo comentário e por vir de quem vem.
Mil agradecimentos
Um abraço
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