Ser livre…
Deixar para trás os meus desejos
E todos estes loucos preconceitos E partir…
Partir e ter o e nsejo
De ser aquilo que não sou
E que sempre ansiei ser.
Poder caminhar sem um destino
Como errante, pobre peregrino
Tendo apenas como amigas as estrelas
Contando os meus sonhos só a elas.
Misturar-me com os negros nas sanzalas,
Comendo sem rodeios do seu pão,
Ver dançar as chamas das fogueiras
E dormir na dureza duna esteira.
Poder saber por onde vou
E marcar a cada hora o meu dia
Sem sentir a cada passo o grilhão
De se seguir apenas a razão.
Poder provar de cada fruto
Qu’encontrasse nascendo nos pomares
E poder misturar-me com os miúdos
Descalços, livres, vagabundos,
Que vagueiam às portas dos casais
Sem vãos temores e sem barreiras.
Por esta vida simples mas verdadeira
Eu daria a minha vida só de incertezas
E todos os meus sonhos de grandeza.
Fonte: E-mail enviado pela autora
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
LIVRE
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