sábado, 6 de outubro de 2007

O começo

O ventre da minha mãe
Houvera já arredondado
Por três vezes,
E dentro dele
Despontavam sóis,
Que iluminavam
A sua existência.

Depois em grito exangue,
Ardendo na tormenta,
Esvaziava a maré
Até à preguiça das autoras.

Mas para trás
Já ficava
O entusiasmo do querer.
Para diante,
Seria apenas
O estoicismo do dever.

E nestas marés baixas
Dos sonhos a partirem,
Deu à praia,
Despida de ternunra,
Esvaziada de carinho,
Mais uma existência.
A partir daí
A viver a vida

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