Carrego o ventre
d'essa terra de veias
onde os rios escrevem os caminhos...
Nada sei d'ela...
Nunca os meus pés pisaram o seu chão
sulcado por rodas que invento...
Era um jeep jogado ao infinito
e um fundo de poente
desatado do céu...
As palavras falavam de vida
e na necessidade de a respirarmos
em todos os seus ventos e águas.
Tentei beber-lhe a terra
e desaguar, oceânica,
entre rosmaninho inventado e estevas de primavera
onde um bote planava como uma ave d'asas.
Desatei-me ao caminho da picada
porque os rios recortavam ausências
e rasguei-me por trilhos sem foz...
OBS: Estou a falar da Guiné...
MariaJoséPraça (N.126080 da SPA) - Julho de 1995
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