quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

à ré/ num barco velho

À ré
Num barco velho
Imagino que navego.
Pelas vigias
Do camarote abrigado
Desfilam as praias, os rochedos
Ou as margens com caniçais
Passam barcos com gente
A vida

Com papel e lápis
Registo os instantâneos
Da minha imaginação de viajante
Sentado à mesa
Não sinto o baloiço das ondas
O incómodo do vento
Não desperdiço energias
Emociono-me fingidamente
Na navegação em mares e rios distantes
Sou Marinheiro
Sem porto fixo
Sem hora de partida nem de chegada.

Rui Moio, 16Jun2008

Sem comentários:

Related Posts with Thumbnails