Levantó la cabeça el poderoso
que tanto ódio tiene; en neutro estrago
juntó el consejo, y contra nos pensarmos
los que en él se hallaron.
"Venid, dixieron, y en el mar ondoso
hajamos de su sangre un grande lago;
deshagamos a éstos de lá gente,
y el nobre de su Cristo juntamente,
y dividiendo de ellos los despojos,
hártense en muerte sua nuestros ojos."
Vinieron de Ásia y portentoso Egito
los árabes y aleives africanos,
y los que Grecia junta mal con ellos,
con los erguidos cuellos,
con gran poder y número infinito;
y prometer osaron con sus manos
encender nuestros fines y dar muerte
a nuestra juventud con hierro fuerte,
Nuestros nińos prender y las doncellas,
y la gloria mancha y la luz dellas...
Fonte: "El Caballero de Alántara" de Jesús Sanchez Adalid, pág. 3.
terça-feira, 9 de julho de 2013
Canción por la victoria de Lepanto, año 1572
domingo, 7 de julho de 2013
Quitandeira
I
quitandeira dos muceques,
ó minha antiga ama que já me deste mama,
dá-me agora um mamão, dá-me agora uma manga, dá-me
caju, goiaba, laranja!
é o complexo infantil que toma a minha voz
nesta visão em que me escuto
e me transporto de ontem para hoje?
(a saudade é o sabor agridoce do fruto
na boca amarga de homem feito,
que já foi boca doce de menino-de-leite.)
II
quitandeira de mamão, goiaba,
caju, laranja, manga,
- quitandeira que te perdes no abismo
da quitanda da vida,
porque me embriagas?
vem buscar a moeda do lirismo
com que o meu olhar te convida.
(o meu anseio é sede ou fome?
ainda sou menino, ou já sou homem?)
III
quitandeira dos muceques de luanda por onde anda
a minha antiga ama,
dá-me fruta da tua quitanda
(também o corpo, ou só a quinda?),
dá-me, dá-me...
Fonte: Blogue "Angola: os poetas", post de 01Fev2013
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