Por tantas vezes ter ido à "Severa"
Eu, que era simplesmente um locutor
Sinto-me agora, embora muito bera,
Do fado, um terrível cantador.
E quando p'ra cova fôr por destino,
Em "squife" bizarro vou nesse dia,
Irei num caixão super-heterodino
Do feito duma telefonia.
À cabeceira a servir d' almofada
Levarei um transmissor d'onda curta!
Co'á voz feita em pó, cinza, terra e nada
Ninguém a ouvir-me, creio, se furta.
E então, lá de longínquas paragens
Eu vos falarei nas noites de inverno
Fazendo divertidas reportagens...
Só não sei se do Céu... se do Inferno!
Letra de Fernando Pessa com música do Fado Marceneiro
Fonte: Fernando Pessa 1902-2002 Jornalista, Lisboa-Abril-2005.
Publicação da Câmara Municipal de Lisboa - Comissão Municipal de Toponímia.
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Por tantas vezes ter ido à "Severa"
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