sábado, 22 de dezembro de 2012

DA MINHA CASA VEJO SEMPRE O MAR


Eu Português me confesso,
Onde me possa encontrar,
Onde a Língua que professo,
Língua de comunicar
Dinamiza o meu progresso,
Constância de muito amar.
Da minha Casa vejo sempre o mar!
E meus olhos vassouraram
O inϐinito do azul,
Logo encontram continentes,
À partida para o sul.
Onde vivem outras gentes,
Que pusemos a falar
Língua de comunicar.
Das suas “casas” viram sempre o mar.
O mar que fora o caminho,
Inϐinito a descobrir,
Os continentes do mundo,
Que não eram conhecidos
E que ϐicaram providos
De um saber bem mais profundo.
O novo mar fora abrir,
Com a língua a alavancar
“Casas do mundo” dispersas,
Donde se vê sempre o mar,
Nas condições mais adversas,
Dominando os mares oceanos,
Com a língua portuguesa
A ser traço de união,
A “creolar”, em beleza,
Uma nova erudição.
Passaram centenas de anos,
Mas a raiz persistiu -
Oceanos baptizados,
Continentes descobertos,
Céus com mais estrelas, abertos,
E tudo o mais que se viu.
Tantos caminhos andados,
Porque a Língua o permitiu.
No construir, no gerar
Das minhas “casas de então”
Das de agora, por que não?
Donde se vê sempre o Mar,
Que não se pode olvidar,
Por que traço de união.

23.11.2012
Fonte: Boletim Informativo - Sociedade Histórica da Independência de Portugal, nº. 312 
Ano XXVIII Novembro 2012

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