Eu te saúdo, tecedeira de sombras,
Eu te saúdo, fazedora de caroço
De polpa pouca e casca rija
Eu te saúdo, folhagem de fuligem
Com muito nervo e nervura
Eu te saúdo espectadora
Ligeiramente curvada
Sobre as obras dos homens
E do homem que aqui nos junta
Em escuta e luta.
Eu te saúdo, corpo sem origem,
Que em sua fraca figura
Não busca aplauso na
Pausa.
Eu te saúdo, lugar de raiz,
Onde os filhos se confundem
E malham no ferro frio das manhãs
Por vezes também no corpo
Enquanto está quente.
Fonte: Casa da Achada
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Saudação à Nespereira da Achada
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