Não.
Não poderei fazer de ti
Um só poema.
Não poderei jamais cantar
Este desejo,
Este anseio que tenho por ti.
Desvendar-te tudo qu’escondo
E obter de ti,
Palavras de plenitude e d’esperança.
Porque p’ra ti,
Seria como trair um bem
Seria matar essa imagem
Que não vive no teu corpo
Mas só no teu coração.
Seria desejar… e não amar…
Seria enganar tanta imensidão…
Seria dar corpo a uma alma
E tirar a vida à própria vida.
Ah… Como desejava que quedasses à minha espera,
Logo, ao cair da noite,
Não com a fé de quem espera uma miragem
Mas com a ânsia férrea dum macho qu’espera a sua fêmea
Para juntos rolarem pelos espaços infinitos
Corpos unidos, lábios colados,
Na agonia lenta que explode num turbilhão d’estrelas.
Por isso, amor, não…
Não poderei escrever de ti um só poema…
Fonte: "Palavras todas as Palavras" - post de 20Jun2010
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Não / Não poderei fazer de ti / Um só poema
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