quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Adamastor cruel

Adamastor cruel!... De teus furores
Quantas vezes me lembro horrorizado!
Ó monstro! Quantas vezes tens tragado
Do soberbo Oriente dos domadores!

Parece-me que entregue a vis traidores
Estou vendo Sepúlveda afamado,
Co(m) a esposa, e co(m) (o)s filhinhos abraçado
Qual Mavorte com Vênus e os Amores.

Parece-me que vejo o triste esposo,
Perdida a tenra prole e a bela dama,
Às garras dos leões correr furioso.

Bem te vingaste em nós do afouto Gama!
Pelos nossos desastres és famoso:
Maldito Adamastor! Maldita fama!

Meu país!

I

Um país que crianças elimina
E não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem Deus é quem domina; que
permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde os que têm razão passam a ser vis
E maltrata o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país.

II

Um país em que as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos,
Com 90 milhões de analfabetos
E multidão maior de miseráveis;
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não tem vez e nem direitos
Mas corruptos têm voz, têm vez, têm bis
E o respaldo de um espírito comum,
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é, com certeza o meu país.

III

Um país que seus índios discrimina
E a ciência e a arte na respeita;
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina.
Um país onde a escola não ensina
E o hospital não dispõe de raios-X;
Onde o povo da fila só é feliz
Quando tem água da chuva
E luz do sol,
Pode ser o país do futebol
Mas não é, com certeza o meu país.

IV

Um país que é doente não se cura.
Quer sempre ficar no terceiro mundo,
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura.
Um país que perdeu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o Brasil em mil Brasis
Para melhor assaltar de ponta a ponta,
Pode ser um país de faz-de-conta
Mas não é, com certeza, o meu país.

V

Um país que perdeu a identidade,
Sepultou o idioma português,
Aprendeu a falar pornô e inglês
Aderindo à global vulgaridade;
Um país que não tem capacidade
De dizer o que pensa, e o que diz
Não é capaz de curar a cicatriz
Desse povo tão bom que vive mal
Pode ser o país do carnaval,
Mas não é, com certeza, o meu país!

* Nota de Fausto Wolf:
“(...) Este ano o texto que mais me comoveu
foi o poema Meu país, atribuído a Nilton
Velasco e também ao falecido Jaime Caetano
Braun. Tem cara de ser coisa de gaúcho. De
qualquer forma, Castro Alves assinaria
embaixo e José do Patrocínio também. (...)”
Poema para o dia das eleições, a hora H -
Fausto Wolf
Matéria publicada no Figuras do B (Caderno B,
Jornal do Brasil) em 1º de Outubro de 2006

Ah, se eu pudesse

Ah, se eu pudesse
QUERIDA,

AH, SE EU PUDESSE...
Ah, se eu pudesse te buscar
sorrindo e dançando...

Ah, se eu pudesse que lindo fossem todos os
dias
como todos os dias que já se foram...

Ah, se eu pudesse que
suave, doce e prazeroso fosse,
para sempre, o nosso ninho de amor...

Ah, se eu pudesse que dentro dele
vivêssemos e amassemos
como se fizéssemos parte
de uma música e de uma canção...

Ah, se eu pudesse mostrar que tudo
o que nós sentimos
pode ser razão e motivo
para uma linda canção de amor e de paixão...

Ah, se eu pudesse ser um jardim,
cheio de flores, para alegrar as tuas manhãs
com mais e mais tesão e emoção...

Ah, se eu pudesse dar cores
aos teus dias de inverno
e de verão...

Ah. se eu pudesse ser o perfume
que irá te agradar em todos os lugares
em que estarás nas manhãs
de chuva ou sol ...

Ah, se eu pudesse, no inicio e no final
de tantos caminhos e estradas, contigo estar
num barquinho que nos levasse ao mar...

Ah, se eu pudesse toda a minha poesia
te levar...

Ah, se eu pudesse parar o tempo
em todos os nossos instantes e momentos...

Ah, se eu pudesse te sentir,
calmo, tranquilo e sereno
eu pegaria as suas mãos e contigo, juntos,
iríamos para o mar...

Ah, se eu pudesse, para ele te levar,
e dentro, dele, não precisarmos sequer
falar...

Ah, se eu pudesse, encontrar,
em qualquer lugar,
um lugar para podermos, sempre, nos amar...

Ah, se eu pudesse ser você
sem deixar de ser eu mesmo,
certamente, ambos, saberíamos
que amor, como o nosso,
nunca existiu...

Nem jamais existirá! "

Fonte: Grupo do MSN Clube Namoro ou Amizade

Sonhe com as estrelas

Sonhe com as estrelas, apenas sonhe,
pois elas só podem brilhar no céu.

_Não tente deter o vento,
ele precisa correr por toda parte,
ele tem pressa de chegar, sabe-se lá onde...

_As lágrimas?
Não as seque, Elas precisam correr em minha,
Na sua, em todas as faces.

_O sorriso!...
Esse, você deve segurar,
Não o deixe ir embora, agarre-o!

_Persiga um sonho, mas, não o deixe viver
sozinho.

_Alimente a sua alma com o amor,
cure as suas feridas com carinho.

_Descubra-se todos os dias,
não se deixe levar pelas vontades,
não enlouqueça por elas.

_Abasteça seu coração de fé,
não a perca nunca!

_Alague seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas.

_Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente!
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-as.
Se perder um amor, não se perca!...
Se o achar, segure-o!
Circunde-se de rosas e ame...
O mais é nada.

Fonte: grupo do Yahoo Psicanalise_lista - Post de 21Dez2005

Dedicatória aos amigos

Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas
jogadas fora, das descobertas que fizemos,
dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e
momentos que partilhamos.

Saudades até dos momentos de
lágrimas, da angústia, das vésperas dos
finais de semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido. Sempre pensei que
as amizades continuassem para sempre.

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em
breve cada um vai para seu lado, seja pelo
destino ou por algum desentendimento, segue a
sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar,
quem sabe...nas cartas que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas
tolices... Aí, os dias vão passar,
meses...anos... até este contacto se tornar
cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo....

Um dia os nossos filhos verão as nossas
fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas
pessoas?" Diremos...que eram nossos amigos
e...... isso vai doer tanto! -"Foram meus
amigos, foi com eles que vivi tantos bons
anos da minha vida!" A saudade vai apertar
bem dentro do peito. Vai dar vontade de
ligar, ouvir aquelas vozes novamente......
Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus de um
amigo. E, entre lágrima abraçar-nos-emos.

Então faremos promessas de nos encontrar mais
vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um
vai para o seu lado para continuar a viver a
sua vida, isolada do passado. E
perder-nos-emos no tempo..... Por isso, fica
aqui um pedido deste humilde amigo: não
deixes que a vida passe em branco, e que
pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades.... Eu poderia suportar,
embora não sem dor, que tivessem morrido
todos os meus amores, mas enlouqueceria se
morressem todos os meus amigos!"

Se eu ainda tivesse minha vida para viver

Se eu ainda tivesse minha vida para viver

Se eu ainda tivesse minha vida para viver...
Teria falado menos e escutado mais.
Teria convidado amigos para o jantar,
mesmo que o carpete estivesse manchado e o

sofá desbotado.
Teria comido pipoca na sala de visitas
e me preocupado menos com a sujeira
quando alguém quisesse acender um fogo na

lareira.
Teria tido tempo para escutar o meu avô

relembrar sua juventude.
Nunca teria insistido para que as janelas do

carro
ficassem fechadas em um lindo dia de verão,
só para não desfazer meu penteado.
Teria acendido a vela esculpida em forma de

rosa
antes que ela envelhecesse guardada.
Teria sentado no chão com as crianças
e não me preocupado com as manchas de graxa.
Teria chorado e rido menos assistindo à

televisão...
e mais assistindo à vida.

Teria ido para a cama quando estivesse doente

ao invés
de pensar que a Terra iria parar se eu não

estivesse lá.
Não teria comprado nada unicamente por ser

prático,
não mostrar a sujeira ou ser garantido por

toda vida.
Ao invés de passar os nove meses de gestação
desejando que ela chegasse ao fim,
teria curtido cada momento, reconhecendo que

a maravilha
crescendo dentro de mim era a única chance
de observar Deus em um milagre.

Quando meus filhos viessem me beijar

impetuosamente,
eu nunca teria dito "Mais tarde. Agora vão se

lavar para jantar."
Teria havido mais "Eu te amo"...,
mais "Me desculpe"...
Mas principalmente, se me fosse dado mais um

pedaço de vida,
eu teria medido cada minuto...
Olhando-o e realmente vendo-o... vivendo-o.

e nunca desperdiçando-o!

Eu teria dito a todos os meus amigos como eu

os amo...
e preciso deles!

O Vencedor e o Perdedor

Um vencedor é sempre parte da resposta
Um perdedor é sempre parte do problema

Um vencedor possui sempre um programa
Um perdedor possui sempre uma desculpa

Um vencedor diz "Deixe-me ajudá-lo"
Um perdedor diz "Não é minha Obrigação"

Um vencedor vislumbra uma resposta
para cada problema
Um perdedor vê todos os problemas,
sem Resposta

Um vencedor diz "Pode ser dificil, mas
não impossivel"
Um perdedor diz "pode ser possivel,
mas é dificil"

Um venvedor entende que sem Deus
não poderá encontrar-se com o melhor,
para a sua Vida.

Um perdedor crê que pode viver sempre
baseado em seus Recursos póprios e seu
orgulho pessoal

Fonte: Grupo do MSN Mundo Grego

Saudades

Um dia a maioria de nós irá se separar.
Sentiremos saudades de todas as conversas
jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos
sonhos que tivemos, dos tantos risos e
momentos que compartilhamos. Saudades até dos
momentos de lágrima, da angústia, das
vésperas de finais-de-semana, de finais de

ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem
para sempre. Hoje não tenho mais tanta
certeza disso. Em breve cada um vai pra seu
lado, seja pelo destino, ou por algum
desentendimento, segue a sua vida, talvez
continuemos a nos encontrar quem sabe......

nos e-mails trocados.
Podemos nos telefonar conversar algumas
bobagens.... Aí os dias vão passar,
meses...anos... até este contato tornar-se
cada vez mais raro. Vamos nos perder no
tempo.... Um dia nossos filhos verão aquelas
fotografias e perguntarão quem são aquelas

pessoas. Diremos...
Que eram nossos amigos.
E...... isso vai doer tanto!
Foram meus amigos, foi com eles que vivi os

melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas
vozes novamente... Quando o nosso grupo
estiver incompleto... nos reuniremos para um

ultimo adeus de um amigo. E entre lágrima nos
abraçaremos. Faremos promessas de nos
encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para
continuar a viver a sua vidinha isolada do
passado. E nos perderemos no tempo.....
Por isso, fica aqui um pedido desta humilde
amiga: não deixes que a vida passe em branco,
e que pequenas adversidades seja a causa de
grandes tempestades....

AMOR EM GREGO

Para descrever o amor
O grego antigo usava
Quatro palavras diferentes
Cada uma tinha seu valor
Uma qualidade destacava
Todas elas bem prementes.

Philia uma palavra linda
Realçava o carinho amigo
União e muita sinceridade
Que devemos cultivar ainda
A philia era o mote antigo
Para descrever a amizade.

Storgé descrevia um laço
Que devido ao nascimento
Uma família estava unindo
Porém hoje passo a passo
Quase caído no esquecimento
Storgé familiar está sumindo.

Eros era o deus do amor
Mas a palavra Eros porém,
Envolvia o inteiro ser
Os sentimentos e o calor
Envolvia o coração também
Dum homem e duma mulher.

Ágape era o mais altruísta
Tudo dar sem nada receber
Tal amor devemos cultivar
Amor ágape jamais é egoísta
Em toda relação devemos ter
Este modo tão especial de amar.

Fonte: Grupo do MSN Mundo Grego - Victor Alexandre

Nota:
Na Bíblia em 1 João 4:8 diz: "DEUS AMOR". A palavra grega para amor neste texto
é ÁGAPE.

Quero-te

Quero-te
Neste momente, busco-te
Na solidão do meu ser
Te encontro em devaneios
Da vontade oculta do meu prazer
Sentir-te... tão longe e perto
É para mim parte do amor
Que sinto por ti... te quero
Não sabes... estais dentro de mim
Pensar em ti é como sentir o perfume do cravo
Acariciando m´alma... em doce encanto
Tens o dom de aflorar a mulher que há mim...
A fêmea quente, fogosa, latejante
Desejosa em ser tua !
Ah.... como quero-te!
Neste momento te faria o amor dos deuses
Te daria o meu melhor prazer
Para ti, sou a mulher carinhosa
A fêmea apetitosa
Com desejo ardente... profundo
Te faria vibrar na eternidade do momento
Até o gozo não mais suportar...

Eu sou o estopim da bomba
E tu o fogo que a explode em mim

Fonte: Grupo do MSN Clube Namoro ou Amizade

LÂNGUIDAS PALAVRAS

É ASSIM QUE TE ESPERO,
ANCIOSA POR SENTIR-TE,
TÃO INTEIRO,
TÃO COMPLETO.
NESTE TEU PERCORRER,
ÉS O AMOR PERFEITO.
QUERO-TE SEMPRE DESTE JEITO,
ÉS A MEDIDA DO MEU SER.
RECEBO-TE EM MEUS BRAÇOS.
ESPARRAMAS EM MEU COLO
COMO UM MEMINO EM APOGEO.
BRINCAS EM MEU CORPO,
E ESTREÇO AO OUVIR-TE
LÃNGUIDAS PALAVRAS,
SENSUAIS OU INDECENTES,
COMPONDO ESTE MOMENTO MEU E TEU.
O TEU AMOR SE ELEVA
TORNANDO-TE OUSADO
EM TEUS MOVIMENTOS.
DIZES-ME QUE SOU TEU CÉU
E NELE ADENTRAS.
ENTRE GEMIDOS DE PRAZER
TODO O MEU SER PERGUNTA!
DE ONDE VENS?
SERÁS UM COMETA ÍMPAR?
VIAJANDO NESTA CONSTELAÇÃO?
OFUSCANDO O BRILHO DE TANTAS OUTRAS ESTRELAS.
ÉS O MAIS BELO DOS AMANTES.
TÃO DOCE.
TÃO QUENTE.
E ADENTRANDO NO MEU CÉU
FAZES-ME TUA.
FAÇO-TE MEU.

ATHENÁPOETISA1
Fonte_Grupo Antiguidade Clássica: Roma e Atenas

À tarde

À tarde,
eu me escondo como o sol,
tentando ocultar minhas falências,
minha solidão,
meu desespero,
procurando afugentar as mágoas
que caminham nos meus passos,
as dores, as saudades,
os antigos abraços,
as lembranças que vagueiam,
almas perdidas
dos meus abandonos.
À tarde,
aguardo as estrelas
como quem espera
a última chance de ser feliz.
Os pássaros se escondem à tarde
voltando aos seus recantos,
aos seus ninhos, aos seus abrigos.
À tarde,
eu não tenho para onde voltar
senão para dentro de mim,
tentando a mim mesma
me encontrar.

Fonte: Grupo do MSN Clube Namoro ou Amizade

Os amigos

Os amigos
São tão amigos, que voltam. São tão fraternos, que se unem. São tão simples, que cativam. São tão desprendidos, que doam. São tão dignos, que amam, compreendem e perdoam.

Os amigos
São tão necessários, que sempre se fazem presentes. São tão grandes, que se distinguem. São tão dedicados, que edificam. São tão preciosos, que se conservam. São tão irmãos, que partilham. São tão sábios, que ouvem, iluminam e calam.

Os amigos
São tão raros, que se consagram. São tão frágeis, que fortalecem. São tão importantes, que não se esquecem. São tão fortes, que protegem. São tão presentes, que participam. São tão sagrados, que se perenizam. São tão santos, que rezam. São tão solidários, que esquecem de si mesmos. São tão felizes, que fazem a festa.

Os amigos
São tão responsáveis, que vivem na verdade. São tão livres, que crêem. São tão fiéis, que esperam. São tão unidos, que prosperam. São tão amigos, que doam a vida. São tão amigos, que se ETERNIZAM...

(Autor Desconhecido)
Fonte: Grupo do Yahoo Civilizações da Antiguidade - Roma e Grécia

Não Goste Apenas do Amor

Goste de alguém que te ama,
alguém que te espere,
alguém que te compreenda mesmo nos
momentos de loucura;
de alguém que te ajude, que te guie, que seja
teu apoio, tua esperança, teu tudo.

Goste de alguém que nao te traia, que seja fiel,
que sonhe contigo, que só pense em ti,
que só pense no teu rosto,
na tua delicadeza, no teu espírito
e não no teu corpo
nem nos teus bens..
Goste de alguém que te espere até o final,
de alguém que seja o que escolheres.

Goste de alguém que sofra junto contigo,
que ria junto a ti,
que limpe tuas lágrimas,
que te abrigue quando necessário,
que fique feliz com tuas alegrias
e que te dê forças depois
de um fracasso.

Goste de alguém que volte
pra conversar contigo depois
das brigas, depois do desencontro, de alguém
que caminhe junto a ti,
que seja companheiro, que respeite
tuas fantasias, tuas ilusões.
Goste de alguém que te ame.
Não goste apenas do amor, goste de alguém
que sinta o mesmo sentimento
por ti, que goste realmente de ti...

Fonte: Grupo do MSN Clube Namoro OU Amizade - Post da Dama_da_Paixão de 31Jul2005

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Poema Com Sabor De Distância

Tu não atendes aos meus apelos
Mesmo que meus pêlos arrepiados
Gritem ensandecidamente...

Meu amor
tu não concebes meus desejos
Mesmo que meu corpo
Queime calorosamente

Meu amor
Tu não ouves meus gritos
Mesmo que meus clamores
vibrem ensurdecedoramente

Meu amor
Tu não tocas minha alma
Mesmo que ela em tua busca
vague solitariamente

Meu amor
Tu não beijas minha boca
Mesmo que meus lábios
Estremeçam emocionadamente

Meu amor
Tu não percebes tamanha dor

Meu amor
Tu não acreditas em minha doença

Meu amor
tu és minha única crença e deverias saber que,
sem tua presença,hei de perecer e morrer...

Meu amor...
Me atenda...

Fonte: Grupo do MSN Clube Namoro ou Amizade - Post da Dama_da_Paixão de 04Ago2005
http://groups.msn.com/PaixaoAlucinanteoretorno

Poema Alentejano

Tava eu tirando moncos
Lá da cana do nariz
Enquanto fazia uma mija
Assim tipo chafariz

Tinha a bexiga tã chêia
Que fiquê lá uma hora
Quando me assomê em volta
Tinha ido tudo embora

Sacudi o coiso e tal
Enquanto coçava a bilha
De tal manêra atascado
Que o entalê na braguilha

Tirê as botas do lodo
Que fizera na mijada
Aacudi tamém as calças
Sempre com ela entalada

Pedi ajuda à Ti micas
Que cerca dali morava
Mas depilou-me as bilas
A força com qu´a puxava

Ensanguentado na dita
Fui aos tombos pelo monti
Vomitando quasi as tripas
Nã sêi se queres que te conti

Como comera dôs pães de quilo
C´ um garrafão p´rájudari
Ná admira ter tado
Três horas a vomitari

Detê-me na palha fresca
para ver se descansava
Enterrê-me logo numa bosta
Da vaca c´áli pastava

E foi assim qu' essa tarde
conheci um caracoli
Dêtados os dois na palha
C'os cornos secand'ó soli

Fonte: Enviado pela Ester a 23Out206

Você Não Me conhece...

Não me conhece, nunca me viu...
não sabe nada de mim,
dos meus sonhos e meus medos.
Não estava comigo
nessa estrada quando eu precisei...
Enquanto seguiu aí, sua vida.
Aqui, eu fui me conhecendo um pouco mais.
Hoje, posso dizer quem sou,
mas você não...
não me conhece...
Se me conhecesse,
entenderia a minha vida,
a minha saudade,
O meu sorrir de lágrimas,
a minha tristeza feliz...
e os momentos mais especiais da minha vida...
Não pode dizer quem sou.
Talvez entendesse quando lhe digo,
o quanto você me é especial!
Porque neste meu mundo,
sempre esperei para poder dizer à
alguém, o quanto é especial para mim...
Suas palavras, seus carinhos,
que mesmo distante, posso senti-los.
Acreditei no que fomos um para o outro...
E através desta tela fria e sem vida,
não pode crer em minhas palavras,
encontro a alegria de viver:
VOCÊ!...
E quando não lhe encontro,
esta mesma tela, me causa dor...
Loucura!!!
Se me conhecer,
entenderá o que sinto.
Sinto saudades de você!
Não lhe conheço também,
mas sinto sua falta,
aqui... são apenas... palavras...
VOCÊ PRECISA ME CONHECER....

Fonte: Grupo do MSN Cluve Namoro ou Amizade - Post de Dama_da_Paixão de 10Ago2005
http://groups.msn.com/PaixaoAlucinanteoretorno

Procuro alguém

Numa constante e infindável busca,
procuro um novo horizonte...
Procuro alguém.
Alguém que queira viver um grande sonho.

Alguém de alma liberta,
Alguém de alma guerreira,
mente aberta, ouvidos atentos,
sem parcimônia de sentimentos.

Alguém de brava vontade
que ame sem concessões,
Alguém de peito aberto,
explodindo de emoções.

Alguém que, consigo mesmo, faça
da vitória um pacto de honra,
da sua crença uma realidade,
da sua vontade um santuário.

Procuro alguém,
que tenha total convicção
de que um sonho
é um croqui da realidade,
e que só a sua vontade indomável
tornará este sonho
um concreto patrimônio,
a sua realidade de vida...

Procuro alguém que antes de tudo
não desista dos seus sonhos,
no meio do caminho.
Pois nesse mesmo caminho
sempre terá um coração soterrado
pela realidade desmoronada
de um sonho inacabado.

Fonte: grupo do MSN Cluve Namor ou Amizade - post da Dama_da_Paixão http://groups.msn.com/PaixaoAlucinanteoretorno

AMOR VIRTUAL

Conecto...
Tenho pressa...
Entro na sala e procuro na lista teu nome
Não estás...
Precipito-me, conectando icq e o messenger.
Em vão
Vai o tempo passando
A madrugada chegando
Saudade atormentando
Por onde andarás ?
Fico questionando
Centro toda atenção nos nicks
Desfilando em minha tela
E a tua ausência torturando.
Travo, destravo, caio...
O provedor não compreende essa angustia
Agora, cai, a conexão...
Difícil retorno, aumentando ainda mais minha aflição
Finalmente te encontro, sorrindo...
Tuas mensagens carinhosas
Olá querida, como foi o seu dia?
- Morto de saudades, teu rosto acaricio...
Fazes suscitar a adolescente que em me habita
Coração então dispara
O beijo almejado no vídeo desponta
Beijo o teu beijo febricitante
Sublimado momento....
Somos livres seres alados
Alçando vôos imaginários
Percorrendo de mãos dadas
Por florestas, campos e cascatas
Um vai e vem de palavras
Cúmplices, somos e mais nada
Ah! é hora da despedida...
A alma se torna partida
Sempre juntos estaremos
Pacto firmado.
Embora tamanha distância
Caminhamos lado a lado.
Uníssono em pensamento.

Fonte: Grupo do MSN Clube Namoro ou Amizade - post de Dama_da_Paixão
http://groups.msn.com/PaixaoAlucinanteoretorno

Desejo de paz

Que posso desejar para hoje?
Que as verdadeiras amizades continuem.
Que as lágrimas sejam poucas, e compartilhadas.
Que as alegrias estejam sempre presentes
e sejam festejadas por todos.
Que o carinho esteja presente em um simples
olá, ou em qualquer outra frase,
mesmo que digitada rapidamente.
Que os corações estejam sempre abertos
para novas amizades, novos amores,
novas conquistas.
Que Deus esteja sempre com sua mão estendida
apontando o caminho correto.
Que as coisas pequenas como a inveja
ou desamor, sejam retiradas de nossa vida.
Que aquele que necessite de ajuda
encontre sempre em nós uma
animadora palavra amiga.
Que a verdade sempre esteja acima de tudo.
Que o perdão e a compreensão superem as
amarguras e as desavenças.
Que este nossos pequeno mundo virtual seja
cada vez mais humano.
Que tudo que sonhamos se transforme em realidade
Que o amor pelo próximo seja nossa meta absoluta
Que nossa jornada de hoje esteja repleta de flores
Que a Felicidade momentânea da Vingança,
ceda espaço para a Felicidade eterna do Perdão.

Fonte: Grupo do MSN Clube Namoro ou Amizade - post de Dama_da_Paixão de 11Set2005

Ilha de Moçambique

Desfeitos um por um os nós sombrios,
Anulada a distancia entre o desejo
E o sonho coincidente como um beijo,
Exalei mapas que exalaram rios.
Terra secreta, continentes frios,
Ardei à luz dum sol que é rumorejo
Para lá do que eu sou, do que eu invejo
Aos elementos, aos altos navios!
Trouxe de longe o palácio sepulto,
A cobra semimorta, a bandarilha,
E esqueci poços, prossegui oculto.
Desdém que envolve por completo a quilha,
Sou bem o rei saudoso do seu vulto,
Vulto que existe infante numa ilha.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Motor de busca de vídeos

domingo, 26 de agosto de 2007

Os Maximbombíadas

Largo da Mutamba - Luanda
Canto Primeiro (e único)

I

Os revisores e motoristas malcriados
Que da Mutamba, praça angolana,
Em autocarros sem serem lavados
Maltratam a gente lusitana
Mais do que permite a força humana.
Entre gente pacata edificaram
Uma fama de que não se livraram.

II

E também as memórias gloriosas
Dos fiscais, que foram perfurando
Os bilhetes e os passes das gentes operosoas
Que o reuino do trabalho vai buscando.
Mas quando, en sortidas valorosas,
Se vão do "pesado" mister ausentando:
- ide, todos, para a tal parte...
Dizem eles, com esgenho e arte.

III

Cessem, da Setubalense ou lusitano,
As empresas grandes que fizeram.
Cale-se do Martins d´Évora e Capristanos,
As camionagens grandes que tiveram
Que eu canto os S.M.T.C. angolano
a quem as gentes de Luanda obedeceram.
Cesse tudo o que a antiga Severa canta
Que outra desgraça mais triste se alevanta.

IV

E vós, oh S.M.T.C. pois criado
Tendes em mim um desejo ardente,
Por ver tanto maximbombo empanado
Mesmo levando, lá dentro, tanta gente
De sder responsável interrogado
Por uma certa pergunta mui premente:
- Porque é que, tanto montão de lata,
Não levou, já, o caminho da sucata?

V

Dai-me uma marreta, grossa e poderosoa,
Não uma promessa vaga e que iluda,
Mas de cabo longo e moca belicosa
E irão ver como tudo muda.
Dai-me, também uma verba honrosa
Para salvar a situação "bicuda".
Verão que porei os utentes a andar
A pé, de vagar, p'ra tomar ar.

VI

Enquanto estes canto, a vós não chego
Sublime S.M.T.C., que não me atrevo a tanto.
Lavai os autocarros em sossego
Que daibo! Custará isso assim tanto?
Matai esse vosso nobre apego
A velharias que até nos causam espanto.
Comprai maximbombos como os da Carris.
... Ainda não acabei a frase e tu já ris?!

VII

Ouvi! Não vereis em mim as manhas
Fantásticas, fingidas e mentirosas
Dos que, cá fora, contam as façanhas
Que fizeram e outras desejosas.
As virtudes vossas são tamanhas
Que excedem as sonhadas, fabulosas.
Mas tende dó e piedade do utente,
Ele é "pessoa", como toda a gente.

Poesia heróica, por andar nos ditos...
Dedicada a D. Sebastião, o tal que há-de aterrar, numa manhã de cacimbo, no aeroporto de Nova Lisboa, por causa do mau tempo em Luanda.

Fonte: Diário de Luanda de 24Jun1974 (in rubrica Mutamba 5 da tarde)
Base de Dados de Actualidades (BDA) de Rui Moio

Quinta-feira, Novembro 02, 2006

Lua Morta - Gomes Leal e Fernando Pessoa


Sangra, sinistro, a alguns o astro baço.
Seus três anéis irreversíveis são
A desgraça, a tristeza, a solidão.
Oito luas fatais fitam no espaço.
Este, poeta, Apolo em seu regaço
A Saturno entregou. A plúmbea mão
Lhe ergueu ao alto o aflito coração.
E, erguido , o apertou, sangrando lasso.
Inúteis oito luas da loucura
Quando a cintura tríplice denota
Solidão e desgraça e amargura !
Mas da noite sem fim um rastro brota,
Vestígios de maligna formosura :
É a lua além de Deus, álgida e ignota.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Vencerás

Não desanimes
Persiste mais um tanto.
Não cultives o pessimismo.
Centraliza-te no bem a fazer.

Esquece as sugestões do medo destrutivo.
Segue adiante mesmo varando
a sombra dos próprios erros.
Avança ainda que seja por entre lágrimas.
Trabalha constantemente.
Edifica sempre.

Não consintas que o gelo do desencanto
te entorpeça o coração
Não te impressiones à dificuldade.
Convence-te de que a vitória espiritual
é construção para o dia a dia.

Não desistas da paciência.
Não creias em realização sem esforço.
Silêncio para a injúria.
Olvido para o mal.
Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes.
Não permitas que os irmãos desiquilibrados
te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.

Não menosprezes o dever
que a consciência te impõe.
Se te enganaste em algum trecho do caminho,
reajusta a própria visão e procura o rumo certo.
Não contes vantagens nem fracassos.
Estuda buscando aprender.

Não te voltes contra ninguém.
Não dramatizes provações ou problemas.
Conserva o hábito da oração
para que se te faça luz na vida íntima.
Resguarda-te em Deus
e persevera no trabalho que Deus te confiou.
Ama sempre, fazendo pelos outros
o melhor que possas realizar.
Age auxiliando.
Serve sem apego.
E assim vencerás

Francisco Cândido Xavier in Grupo "Motivação em Rede"
Postado por Moio no Alma Viva às 1/27/2007 10:35:00 AM 0 comentários

Marcadores: Gestão, Poesia

El Albaicín

Solo
camina el solitario
pisa las piedras
del Albaicín
la noche es dulce
es fresca
es quieta la brisa
de otra noche
sonada
la silenciosa música
no suena
pero suena
el corazón
es un tambor
en el desierto
solo
el solitario te recuerda
toca
tu lejano cielo
con manos de sonámbulo
pulsa
el olvidado plectro
tane
tus pectos cervatillos
tu esplendor nocturno
pero solar
el hijo de la música
se desliza
lleva la brisa trae
recuerdos
la suave flor pequena
tres flores
iluminam
el solitario paso
la pisada
las piedras del Albaicín
acá y allá
la llama
de un amor y otro y otro
la llama dulce
que no quema
oh sueno sueno sueno
oh vida oh muerte
una vez y otra vez
te afrima la palabra
pisas las piedras
resplandor de la luz

Fonte: Dn volumul / Du volume En al-Andalus de Miguel Ángel Fernández Arguello - poeta do Paraguay in Ars Amandi - Poèmes - Festival Internacional de Poésie du monde latin.


Nota Pessoal
Poema de um poeta paraguaio que, como eu e tantos outros, sentiu fascínio e magia quando pisou as velhas pedras das calles do bairro Albaicín de Granada.
Rui Moio

Postado por Moio no Alma Viva às 1/13/2007 04:33:00 PM

Marcadores: Literatura

Homo Fortis

Nunca la duda
penetrará su piel
(tan dura como el hierro
de sus garrotes,
tan sucia
como el agua pútrida
de sus "bombas
contra incendios),
nunca vacilará
en esculpir la orden
ejemplar,
el vómito de mando
contra la subversión
(el caos que amenaza
su "paz",
su digestión,
sus privilegios),
esa palabra inquietante
con que justifica
la punición
(o sea la tortura,
la cárcel,
el destierro,
la muerta)
del culpable,
sonador execrable
de extranos mundos prohibidos;
el hombre libre.

Fonte: Poema do poeta paraguaio Miguel Ángel Fernández Arguello - Din Volumul / Du volume El Fuego in ARS Amandi - Festival international de poésie du monde latin

Postado por Moio no Alma Viva à 1/13/2007 05:58:00 PM

Marcadores: Literatura

Matem, homens do Exército Vermelho, matem!

Matem, homens do Exército Vermelho, matem!
Nenhum fascista é inocente, quer esteja em vida quer
esteja por nascer. Matem!

Fonte: A batalha de Berlim de Andrew Tully, pág. 11.

Nota Pessoal
Supostamente, os soldados soviéticos teriam interiorizado estes versos do grande poeta soviético Ilya Ehrenburg, tão na moda ao tempo da ocupação de Berlim pelo Exército Vermelho.

Rui Moio



Da sua vasta obra destacam-se as suas memórias e a Queda de Paris.
Rui Moio

Postado por Moio no Alma Viva às 1/13/2007 06:54:00 PM

Marcadores: Literatura

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Eu, Etiqueta


Locução de Paulo Autran


Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,
cada vinco da roupa
resumia uma estética?
Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrina me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.

REGRESSO

Regresso às fragas de onde me roubaram.
Ah! minha serra, minha dura infância!
Como os rijos carvalhos me acenaram,
Mal eu surgi, cansado, na distância!

Cantava cada fonte à sua porta:
O poeta voltou!
Atrás ia ficando a terra morta
Dos versos que o desterro esfarelou.

Depois o céu abriu-se num sorriso,
E eu deitei-me no colo dos penedos
A contar aventuras e segredos
Aos deuses do meu velho paraíso

S. Martinho de Anta, Natal de 1951 - Diário VI

Um dia vieram e levaram o meu vizinho que era judeu

Um dia vieram e levaram o meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.

No terceiro dia vieram e levaram o meu vizinho social-democrata.
Como não sou social-democrata não me incomodei.

Quando vieram buscar os sindicalistas não disse nada
não sou sindicalista.

Quando vieram e me levaram
já não havia ninguém para se ouvir...

Fonte: Blogue Ciências Físicas e Naturais-EB 2.3 Correia Mateus - post de 10Agost02007

Primeiro levaram os negros

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Bertold Brecht (1898-1956)

Fonte: Blogue Ciências Físicas e Naturais-EB 2.3 Correia Mateus - post de 10Agost02007

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Amizade é...




Nora: Para aumentar clica na imagem.

Poema Africano



Autor desconhecido

domingo, 19 de agosto de 2007

A LUIS DE CAMÕENS

Sin lástima y sin ira el tiempo mella
las heroicas espadas. Pobre y triste
a tu patria nostálgica volviste,
oh capitán, para morir en ella

y con ella. En el mágico desierto
la flor de Portugal se había perdido
y el áspero español, antes vencido,
amenazaba su costado abierto.

Quiero saber si aquende la ribera
última comprendiste humildemente
que todo lo perdido, el Occidente

y el Oriente, el acero y la bandera,
perduraría (ajeno a toda humana
mutación) en tu Eneida lusitana.

1960

VIVER

Quem nunca quis morrer
Não sabe o que é viver
Não sabe que viver é abrir uma janelas
E pássaros pássaros sairão por ela
E hipocampos fosforescentes
Medusas translúcidas
Radiadas
Estrelas-do-mar... Ah,
Viver é sair de repente
Do fundo do mar
E voar...
e voar...
cada vez para mais alto
Como depois de se morrer!

Do livro: "Baú de Espantos", 4ª ed., Editora Globo, SP
Enviado por: Márcia Maia

Poeminha do contra

Todos esses que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão...
Eu, passarinho!

Poema do livro: "Prosa & Verso", Editora Globo, 1978, RJ

MÃE

Mãe... São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras...
E nelas cabe o infinito.

Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disse
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer...

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que

A LAGOA

Tu não tá vendo a lagoa,
aquela lagoa mansa
que parece uma criança
que tá durmindo, a sonhá?

As água tá tão serena,
que a mode que a biririba
caiu do céu, lá de riba,
pra todo o céu espeiá.

Mas porém óia, arrepara,
que basta só um beijinho,
um leve suspirozinho
do vento que não se vê,
pra aquela lagoa mansa,
tão serena e assocegada
ficá toda arrepiada
com as água toda a tremê!...

Pode sê uma bestera
mas porém é uma verdade
aqueilo que eu vô dizê:
vai caminhando... caminha...
Quando tu chegá na bera
daquela mansa rebera
espia, que tu verá,
no fundo daquelas água
tão serena e tão quilara
a cara da tua cara
lá no fundo a te ispiá!
Ou seje bunita ou feia,
tua cara, que parece
a cara da lua cheia,
tá ali... num sai do lugá.
Fica ispiando pra cara,
que a cara fica a ti oiá!

Mas caminha, vai-te embora,
que eu juro pru São Jerome
que a tua cara se assome,
que nem fica sombra inté!
Aquilo que fez cuntigo
ispeiando o teu sembrante,
faz cum outro caminhante,
o primeiro que vinhé.
Apois, aquela lagoa
é o coração da muié...

...............................................

Esta história da lagoa
num tá dentro da verdade.
Apois, se o home ispiasse
somentes numa lagoa
e junto dela ficasse
dia e noite, noite e dia
de sentinela e de espia,
eu juro pru Jesu-Cristo
e a Santa Virge-Maria
que a cara do descarado
nunca mais de lá saía!...
Mas, se em todas as lagoa,
de água limpa ou chavascá,
o home qué vê a cara,
o home qué espiá...
Eu vô fechá minha boca
pruque vanceis tá bém vendo
adonde eu quero chegá...

ALHAMBRA

Grata la voz del agua
a quien abrumaron negras arenas,
grato a la mano cóncava
el mármol circular de la columna,
gratos los finos laberintos del agua
entre los limoneros,
grata la música del zéjel,
grato el amor y grata la plegaria
dirigida a un Dios que está solo,
grato el jazmín.
Vano el alfanje
ante las largas lanzas de los muchos,
vano ser el mejor.
Grato sentir o presentir, rey doliente,
que tus dulzuras son adioses,
que te será negada la llave,
que la cruz del infiel borrará la luna,
que la tarde que miras es la última.

Jorge Luis Borges, Granada, 1976

Oración

Habítame, penétrame.
Sea tu sangre una como mi sangre.
Tu boca entre a mi boca.
Tu corazón agrande el mío hasta estallar.
Desgárrame.
Caigas entera en mis entrañas.
Anden tus manos en mis manos.
Tus pies caminen en mis pies, tus pies.
Árdeme, árdeme.
Cólmeme tu dulzura.
Báñeme tu saliva el paladar.
Estés en mí como está la madera en el palito.
Que ya no puedo así, con esta sed
quemándome.

Con esta sed quemándome.
La soledad, sus cuervos, sus perros, sus pedazos.

Escrevo diante da janela aberta

Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
verde!... E que leves, lindas filigranas
desenha o sol na página deserta!

Não sei que paisagista doidivanas
mistura os tons... acerta... desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
vai colorindo as horas quotidianas...

Jogos de luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...

Vago, solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmuto... iriso-me... estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando

Brasil (?)

Dizem os grandes poetas
Que o Brasil é todo sol,
Que o Brasil é todo festa,
Que seu céu é sempre azul.
Mas eu vejo mãos crispadas,
Erguidas, desesperadas,
Clamando de norte a sul.

Mãos do Brasil primitivo,
Correndo na selva imensa,
Mergulhando na descrença,
Fugindo no próprio lar!
Nu, pagão e decadente,
Abandonado e doente,
Sem forças para lutar.

Mãos crispadas do norte de minha terra
Perdido no inferno verde do verde seringal;
Afogada na lama, em cabana de palha,
Morrendo de febre destino fatal!

Braços erguidos do Nordeste,
Mãos crispadas, ressequidas de sol,
Suplicando água, um arbusto, uma sombra,
Um resto de justiça, um novo arrebol.

Mãos do Brasil de roupa rasgada,
Do homem da enxada, que faz "simpatia"
Para não morrer;
Do Brasil que nunca fez greve,
Que nem sabe pedir aumento,
Para quem o sofrimento
Já faz parte do viver.

Mãos do Brasil que vive em barracos,
Subindo o morro em busca de ar;
Que transforma em samba a própria miséria,
Que se afoga no vício, para não chorar.

Mãos revoltadas das filas enormes,
Dos desempregados, doentes e réus.
Mãos que blasfemam, maldizem e matam,
Mãos desgraçadas, perdidas sem Deus.

Mãos pequeninas do Brasil criança,
Que puxam miséria em vez de carrinho;
Crianças sozinhas, de olhos enormes,
Que pedem migalhas de pão e carinho...

Basta, Senhor, de braços estendidos,
De mãos descarnadas,
Quais estrelas apagadas,
Sem brilho, sem luz.
Basta, Senhor, por piedade,
Faze-nos raios de tua claridade,
Para mostrar-lhes Jesus.

Peso de nossa terra,
Grito de nosso povo,
Que suplica um mundo novo
Onde haja paz e amor.
Como gozar nossa crença,
Deixando na treva imensa
O povo que é nosso povo,
A terra que é nossa terra, Senhor?

Olha, Senhor, teu povo ajoelhado,
Clamando angustiado pela grande nação.
Arranca-nos, Senhor, do comodismo,
Faze-nos mártires, se assim for preciso,
Mas salva nossa pátria e limpa nossa mão.

Desejo de Mulher

Quero um homem que me conheça, 
Que me penetre, não só a carne, 
Mas principalmente o coração, 
Com força, vigor e paixão. 

Quero que me devore e me beba, 
Não só o gozo do sexo, 
Mas o prazer de estar junto, 
De ser cúmplice e complexo. 

Que me prenda e me enrosque, 
Não só os braços e pernas, 
Mas a alma, com abraços e toques, 
Que ultrapassem barreiras externas. 

Quero que me jogue na cama 
E me use, não como objeto, 
Mas como a outra metade, 
Indispensável para ser completo. 

Que me faça arrepiar e arder, 
Não só de desejo e loucura, 
Mas da febre de possuir e poder 
Compartilhar sua candura. 

Que me tateie e percorra, 
Que aprenda meus caminhos, 
Me oferte sua intimidade, 
Me sufoque de carinhos. 

Que desvende meus segredos, 
Não todos, senão perde o mistério 
E a indefinição que dá medo, 
Que atrai e tira do sério. 

Não quero ser sua vadia, sua meretriz, 
Mesmo de forma carinhosa, de paixão. 
Porque ele não admite que sua voz 
Profane a pureza de minha devassidão. 

Não quero ser seu espelho e nem seu reflexo, 
Porque ele não precisa ser orientado, nem de adulação. 
Está comigo por afinidade e pele, 
Por saudade e por satisfação. 

Quer compartilhar meus momentos 
Ao meu lado, sem mudar meu rumo jamais. 
Quer ser amigo, meu porto seguro, 
Mesmo que nunca venha a ser o cais. 

Quero um homem que se mostre mortal 
E felino, livre e escravo de meus olhos, 
Atento e sincero, idoso e menino, 
Rude e gentil ao dilatar os poros. 

Quero um amante que me seduza, 
Fúria e abrigo, calor e aconchego, 
Dentes e lábios, pêlos e dedos, 
A rolar na grama, a morder os seios. 

Quero olhos e pálpebras piscando, 
Gozo suado e mãos dadas, 
Sexo e nexo, amada amando, 
Liberdade e vidas atadas. 

Rio, 06/08/00 

Se Isto é um Homem

Vós que viveis tranquilos
Nas vossas casas aquecidas,
Vós que encontrais regressando à noite
Comida quente e rostos amigos:
Considerai se isto é um homem
Quem trabalha na lama
Quem não conhece paz
Quem luta por meio pão
Quem morre por um sim ou por um não,
Considerai se isto é um mulher,
Sem cabelos e sem nome
Sem mais força para recordar
Vazios os olhos e frio o regaço
Como uma rã no Inverno.
Meditai que isto aconteceu:
Recomendo-vos estas palavras.
Esculpi-as no vosso coração
Estando em casa andando pela rua,
Ao deitar-vos e ao levantar-vos;
Repeti-as aos vossos filhos,
Ou então que desmorone a vossa casa,
Que a doença vos entreve,
Que os vossos filhos vos virem a cara.


Fonte: Se Isto É Um Homem” de Primo Levi

sábado, 18 de agosto de 2007

Não Precisa Mudar

[Ivete]
Não precisa mudar
Vou me adaptar ao seu jeito
Seus costumes, seus defeitos
Seus ciúmes, suas caras, pra que mudá-las?

Não precisa mudar
Vou saber fazer o seu jogo
Saber tudo do seu gosto
Sem deixar nenhuma mágoa, sem cobrar nada.

Se eu sei que no final fica tudo bem
A gente se ajeita na cama pequena
Te faço um poema, te cubro de amor.

Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre se esquece
De tudo que passou...
Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre se esquece
De tudo que passou...

Oooh..

[Saulo]
Não precisa mudar
Vou me adaptar ao seu jeito
Seus costumes,seus defeitos
Seus ciúmes, suas caras, pra que mudá-las?

Não precisa mudar
Vou saber fazer o seu jogo
Deixar tudo do seu gosto
Sem guardar nenhuma mágoa, sem cobrar nada.

Se eu sei que no final fica tudo bem
A gente se ajeita na cama pequena
Te faço um poema e te cubro de amor.

Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre esquece
De tudo que passou

[Os Dois]
Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre se esquece
De tudo que passou...
De tudo que passou...

[Ivete]
Se eu sei que no final fica tudo bem
A gente se ajeita na cama pequena
Te faço um poema e te cubro de amor

[Os Dois]
Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre se esquece
De tudo que passou...
Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre esquece
De tudo que passou...
Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre esquece
De tudo que passou...
Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre esquece
De tudo que passou...
De tudo que passou...

[Saulo]Não precisa mudar
[Ivete]Ah! Eu sei que não precisa mudar
[Saulo]Não precisa mudar
[Ivete]Não, não uuuhh

Composição: Saulo Fernandes/Gigi

All my loving

Composição: Lennon e McCartney
Close your eyes and i'll kiss you
Tomorrow i'll miss you
Remember i'll always be true
And then while i'm away
I'll write home everyday
And i'll send all my loving to you

I'll pretend that i'm kissing
The lips i am missing
And hope that my dreams will come true

And then while i'm away
I'll write home everyday
And i'll send all my loving to you

All my loving i will send to you
All my loving, darling, i'll be true

Close your eyes and i'll kiss you...
Feche os olhos e eu irei te beijar
Amanhã sentirei saudades de você
Lembre-se que eu sempre serei verdadeiro
E enquanto eu estiver fora
Escreverei para casa todo dia
E mandarei todo meu amor pra você

Vou fingir que estou beijando
Os lábios que sinto saudade
E esperar que meus sonhos se tornem realidade

E enquanto eu estiver fora
Escreverei para casa todo dia
E mandarei todo meu amor pra você

Todo meu amor, eu mandarei pra você
Todo meu amor, querida, eu serei verdadeiro

(solo)

Feche os olhos e eu irei te beijar
Amanhã sentirei saudades de você
Lembre-se que eu sempre serei verdadeiro
E enquanto eu estiver fora
Escrevei para casa todo dia
E mandarei todo meu amor pra você

Todo meu amor, eu mandarei pra você
Todo meu amor, querida, eu serei verdadeiro

Todo meu amor. Todo meu amor. Todo meu amor eu mandarei pra você

Ma liberté

Ma liberté
Longtemps je t'ai gardée
Comme une perle rare
Ma liberté
C'est toi qui m'as aidé
A larguer les amarres
Pour aller n'importe où
Pour aller jusqu'au bout
Des chemins de fortune
Pour cueillir en rêvant
Une rose des vents
Sur un rayon de lune

Ma liberté
Devant tes volontés
Mon âme était soumise
Ma liberté
Je t'avais tout donné
Ma dernière chemise
Et combien j'ai souffert
Pour pouvoir satisfaire
Toutes tes exigences (ou: Tes moindres exigences)
J'ai changé de pays
J'ai perdu mes amis
Pour gagner ta confiance

Ma liberté
Tu as su désarmer
Toutes mes habitudes
Ma liberté
Toi qui m'a fait aimer
Même la solitude
Toi qui m'as fait sourire
Quand je voyais finir
Une belle aventure
Toi qui m'as protégé
Quand j'allais me cacher
Pour soigner mes blessures

Ma liberté
Pourtant je t'ai quittée
Une nuit de décembre
J'ai déserté
Les chemins écartés
Que nous suivions ensemble
Lorsque sans me méfier
Les pieds et poings liés
Je me suis laissé faire
Et je t'ai trahi pour
Une prison d'amour
Et sa belle geôlière

OBS: será a letra da música Sirtaki do filme Zorba?
Rui Moio

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A não perder

Um grande estadista traído pelo Ocidente. A trágica aventura de um homem que quis restaurar a grandeza da Pérsia e dar ao Islão lugar na comunidade internacional. Um autocrata quis a liberdade.


Iran (Hino monárquico iraniano)
Fonte:

Contos de Eça de Queirós

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Gabriela

Vim do norte vim de longe
De um lugar que já nem há
Vim dormindo pela estrada
Vim parar neste lugar
Meu cheiro é de cravo
Minha cor de canela
A minha bandeira
É verde e amarela
Pimenta de cheiro
Cebola em rodela
Um beijo na boca
Feijão na panela
Gabriela
Sempre Gabriela

Passei um café inda escuro
E logo me pus a caminho
Eu quero rever Gabriela
De novo provar seu cheirinho
Manhã bem cedinho na mata
O sol derramou seu carinho
Um brilho na folha da jaca
Pensei em rever meu benzinho
Gabriela

Se ainda sobrasse um dinheiro
Podia comprar-te um vestido
E mais um vidrinho de cheiro
Contar-te um segredo no ouvido
Te trouxe um anel verdadeiro
Sonhei que era teu preferido
Pensei, repensei tanta coisa
Ah, me deixa ser teu marido
Pensei, repensei tanta coisa
Queria casar-me contigo
Gabriela
Gabriela
Todos os dias esta saudade
Felicidade cadê você
Já não consigo viver sem ela
Eu vim à cidade pra ver Gabriela

Tenho pensado muito na vida
Volta bandida mata essa dor
Volta pra casa, fica comigo
Eu te perdoo com raiva e amor
Chega mais perto, moço bonito
Chega mais perto meu raio de sol
A minha casa é um escuro deserto
Mas com você ela é cheia de sol
Molha a tua boca na minha boca
A tua boca é meu doce é meu sal

Mas quem sou eu nesta vida tão louca?
Mais um palhaço no teu carnaval
Casa de sombra vida de monge
Quanta cachaça na minha dor
Volta pra casa, fica comigo
Vem que eu te espero tremendo de amor

Em noite sem lua, pulei a cancela
Cai do cavalo, perdi Gabriela
Oh lua de cera, oh lua singela
Lua feiticeira cadê Gabriela?

Ontem vim de lá do Pilar
Inda ontem vim lá do Pilar
Já tô com vontade de ir por aí
Ontem vim de lá
Inda ontem vim de lá
Já tô com vontade de ir por aí
E na corda da viola todo mundo sambar
E na corda da viola todo mundo sambar
Todo mundo sambar
Todo mundo sambar quebra pedra....

GUITARRA EN DUELO MAYOR

I
.
Soldadito de Bolivia,
soldadito boliviano,
armado vas con tu rifle,
que es un rifle americano,
soldadito de Bolivia,
que es un rifle americano.
.
II
.Te lo dio el señor Barrientos,
soldadito boliviano,
regalo de mister Johnson,
para matar a tu hermano,
para matar a tu hermano,
soldadito de Bolivia,
para matar a tu hermano.
.
III
.
¿No sabes quien es el muerto,
soldadito boliviano?
El muerto es el Che Guevarra,
y era argentino y cubano,
soldadito de Bolivia,
y era argentino y cubano.
.
IV
.
El fue tu mejor amigo,
soldadito boliviano,
el fue tu amigo de a pobre
del Oriente al altiplano,
del Oriente al altiplano,
soldadito de Bolivia,
del Oriente al altiplano.
.
V
.
Esta mi guitarra entera,
soldadito boliviano,
de luto, pero no llora,
aunque llorar es humano,
aunque llorar es humano,
soldadito de Bolivia,
aunque llorar es humano.
.
VI
.
No llora porque la hora,
soldadito boliviano,
no es de lagrima y pañuelo,
sino de machete en mano,
sino de machete en mano,
soldadito de Bolivia,
sino de machete en mano.
.
VII
.
Con el cobre que te paga,
soldadito boliviano,
que te vendes, que te compra,
es lo que piensa el tirano,
es lo que piensa el tirano,
soldadito de Bolivia,
es lo que piensa el tirano.
.
VIII
.
Despierta, que ya es de día,
soldadito boliviano,
esta en pie ya todo mundo,
porque el sol salió temprano,
porque el sol salió temprano,
soldadito de Bolivia,
porque el sol salió temprano.
.
IX
.
Coge el camino derecho,
soldadito boliviano;
no es siempre camino fácil,
no es fácil siempre ni llano,
no es fácil siempre ni llano,
soldadito de Bolivia,
no es fácil siempre ni llano.
.
X
.
Pero aprenderás seguro,
soldadito boliviano,
que a un hermano no se mata,
que no se mata a un hermano,
que no se mata a un hermano,
soldadito de Bolivia,
que no se mata a un hermano.

Garota De Ipanema

Olha que coisa mais linda,
Mais cheia de graça.
É ela a menina que vem e que passa,
Num doce balanço a caminho do mar.
Moça do corpo dourado do sol de Ipanema,
O seu balançado é mais que um poema,
É a coisa mais linda que eu já vi passar.

Ah, por que estou tão sozinho
Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a beleza que existe,
A beleza que não é só minha,
Que também passa sozinha.

Ah, se ela soubesse
Que, quando ela passa,
O mundo sorrindo se enche de graça
E fica mais lindo por causa do amor.

...

Ah, por que estou tão sozinho
Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a beleza que existe,
A beleza que não é só minha,
Que também passa sozinha.

Ah, se ela soubesse
Que, quando ela passa,
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo por causa do amor,
Por causa do amor, por causa do amor...

O canto e as armas

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Fonte Página de Octávio Mendes no SNIPS

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Hino Nacional

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Lua Morta

Almas sentimentais e ingénuas do lirismo,
que cantais do luar a luz que vos conforta,
- varrida por arroz, remoto cataclismo.
há milhões d’anos já que a antiga lua é morta.

Há milhões d’anos já que esse alvejante rastro,
que ela espalha nos céus e sobre o mar profundo,
não é mais que o lençol dum cadáver dum astro,
do espectro dum planeta e o fantasma dum mundo.

Há milhões d’anos já que, em torno à nossa esfera,
o morto globo gira, errante, solitário,
como o vulcão dum astro extinto e sem cratera,
- frio espectro de luz que arrasta o seu sudário!

Há muito é morta já . – Dessas mansões sidéreas
onde paira, não ouve os ais que nos consomem
E a ruína estagnou-lhe o sangue nas artérias,
- muito antes de nascer o primitivo Homem.

Paira nela um atroz silêncio d’ orfandade,
de sombra tumular, de mármore, de cripta.
Lembra as praças e os cais duma horrenda cidade.
Varrida pela mão duma peste maldita.

Reina uma assolação sinistra, imóvel, séria,
lá dentro. Faz lembrar este astro extinto e frio
a gélida extensão duma steppe funérea,
- sem trinos d’ ave, flor, bosque, nem voz do rio!

Que cataclismo atroz, que deus negro irritado
fez cair sobre este astro o açoute dos furores?
- Quem transformou em pedra este astro fulminado?
- Quem gelou seus vulcões, serras bosques e flores?

Que catástrofe antiga, ou negro deus perverso
este astro converteu em sombra inerte e fátua?
- Que látego, sem dó, fustiga esse universo,
e o faz errar nos céus – como uma branca estátua?

No meio dos rosais ou dos mirtais floridos.
que irrisória emoção, que aos astros pouco importa,
nos faz erguer as mãos, chorando, enternecido,
para essa sombra vâ – essa cidade morta?

E, no entanto, alma humana! Eterna atormentada!
tu quiseras ver perto a morta nau errante,
quiseras abordar à estranha nau gelada,
com seu porão sem voz, seus mastros de brilhante.

Tu quiseras cruzar – tu, a quem nada pasma! –
nesse barco espectral, excêntrico, sombrio,
que corta o azul dos céus como um batel fantasma,
ou sobre o mar do norte o espectro dum navio.

Tu quiseras saras as aflições internas,
nessa imóvel região, sem ar, nem movimento,
nesses bosques sem voz e noites sempiternas,
- onde não sopra um ai, nem folha, mar, nem vento!...

Tu quiseras, enfim, da Vida soluçante
ver quebrar-se o rumor nesse silêncio enorme,
e, como em vasta cripta os membros dum gigante,
repousa nessa paz imóvel e uniforme.

Descansa, Homem, porém! – Como uma vil lanterna,
morrendo, um dia, o sol regelará no Oriente,
e, nesse cataclismo e horror da noite eterna,
- os tristes sorrirão e dirão: - Finalmente!

Gomes Leal

A Morte Saiu à Rua

Há 45 anos atrás, a 19 de Dezembro de 1961, a PIDE, assassinava a tiro, em pleno dia, numa rua de Lisboa, o pintor José Dias Coelho. Nascido bem perto da nossa terra (em Pinhel), certamente terá passado pela nossa zona muitas vezes.


Depois, o Zeca Afonso, quis recordar este senhor, numa belíssima canção que iremos recordar...

A Morte Saiu à Rua

A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Um a gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação


Autoria (Letra e Música): Zeca Afonso

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Retrato de uma princesa desconhecida

Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar
de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e
limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de
escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos

Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino

sábado, 11 de agosto de 2007

São João Marcha



Olha o balão, na noite de São João
Para poder dançar bastante com quem tenho à minha espera
Ó-i-ó-ai, pedi licença ao meu Pai, e corri com o meu estudante
Que ficou como uma fera

Ó-i-ó-ai, fui comprar um manjerico
Ó-i-ó-ai, vou daqui pró bailarico
E tenho um gaiato aqui dependurado,
Que é mesmo o retrato do meu namorado

Toca o fungagá, toca o Sol e Dó,
Vamos lá, nesta marcha a um fulambó
Olha o balão, na noite de São João,
Para não andar maçado da pequena me livrei
Ó-i-ó-ai, não sei com quem ela vai, cá para mim estou governado
Com uma outra que eu cá sei
Ó-i-ó-ai, fui comprar um manjerico
Ó-i-ó-ai, vou daqui pró bailarico
Tenho uma gaiata aqui dependurada
Que tem mesmo a lata, lá da namorada


In Biblioteca de Jacinto - post de 2 comentários Hiperligações para esta mensagem

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Cuando eramos niños


Cuando éramos niños
los viejos tenían como treinta
un charco era un océano
la muerte lisa y llana
no existía

luego cuando muchachos
los viejos eran gente de cuarenta
un estanque era océano
la muerte solamente
una palabra

ya cuando nos casamos
los ancianos estaban en cincuenta
un lago era un océano
la muerte era la muerte
de los otros

ahora veteranos
ya le dimos alcance a la verdad
el océano es por fin el océano
pero la muerte empieza a ser
la nuestra.

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Hombre que mira la luna


Es decir la miraba porque ella
se ocultó tras el biombo de nubes
y todo porque muchos amantes de este mundo
le dieron sutilmente el olivo

con su brillo reticente la luna
durante siglos consiguió transformar
el vientre amor en garufa cursilínea
la injusticia terrestre en dolor lapizlázuli

cuando los amantes ricos la miraban
desde sus tedios y sus pabellones
satelizaba de lo lindo y oía
que la luna era un fenómeno cultural

pero si los amantes pobres la contemplaban
desde su ansiedad o desde sus hambrunas
entonces la menguante entornaba los ojos
porque tanta miseria no era para ella

hasta que una noche casualmente de luna
con murciélagos suaves con fantasmas y todo
esos amantes pobres se miraron a dúo
dijeron no va más al carajo selene

se fueron a su cama de sábanas gastadas
con acre olor a sexo deslunado
su camanido de crujiente vaivén

y libres para siempre de la luna lunática
fornicaron al fin como dios manda
o mejor dicho como dios sugiere.

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segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Negra fera, que a tudo as garras lanças

Negra fera, que a tudo as garras lanças
Já murchaste, insensível a clamores,
Nas faces de Tirsália as rubras flores,
Em meu peito as viçosas esperanças.

Monstro, que nunca em teus estragos cansas,
Vê as três Graças, vê os nus Amores
Como praguejam teus cruéis furores,
Ferindo os rostos, arrancando as tranças!

Domicílio da noute, horror sagrado,
Onde jaz destruída a formosura,
Abre-te, dá lugar a um desgraçado.

Eis desço, eis cinzas palpo... Ah, Morte dura!
Ah, Tirsália! Ah, meu bem, rosto adorado!
Torna, torna a fechar-te, ó sepultura!

A Macaca


Em verso alexandrino



Nos serros do Brasil diz certo autor que havia
Uma namoradeira, uma sagaz bugia.


Milhões de chichisbéus pela taful guinchavam,
E por não terem asa, o rabo lhe arrastavam.
Qual, caindo-lhe aos pés de amores cego e louco,
Nas cabeludas mãos lhe apresentava um coco;


Qual do açúcar brilhante a sumarenta cana;
E qual um ananás, e qual uma banana.
Ela com riso astuto, ela com mil caretas,
Lhe entretinha a paixão, lhe ia doirando as petas;


Os olhos requebrava ao som de um suspirinho:
A todos prometia o mais fiel carinho,
E, se algum lhe rogava especial favor,
À terna petição dizia: "Sim, senhor."


Mas com muita esperança o fruto era nenhum,
E os pobres animais ficavam em jejum.
Leitores, há mulher tão destra e tão velhaca,
Que nisto não ganha inda a melhor macaca.


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Magro, de olhos azuis, carão moreno

Magro, de olhos azuis, carão moreno,

Bem servido de pés, meão na altura,

Triste de facha, o mesmo de figura,

Nariz alto no meio, e não pequeno;


Incapaz de assistir num só terreno,

Mais propenso ao furor do que à ternura,

Bebendo em níveas mãos por taça escura

De zelos infernais letal veneno;


Devoto incensador de mil deidades

(Digo, de moças mil) num só momento,

E somente no altar amando os frades;


Eis Bocage, em quem luz algum talento;

Saíram dele mesmo estas verdades

Num dia em que se achou mais pachorrento.

Já Bocage não sou! . . . À cova escura


Já Bocage não sou! . . . À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento . . .
Eu aos Céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.


Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa! . . . Tivera algum merecimento,
Se um raio de razão seguisse, pura!


Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:


"Outro aretino fui . . . A santidade
Manchei . . . Oh!, se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na Eternidade!"


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Das terras a pior tu és, ó Goa


Das terras a pior tu és, ó Goa,
Tu pareces mais ermo que cidade,
Mas alojas em ti maior vaidade
Que Londres, que Paris ou que Lisboa.


A chusma de teus íncolas pregoa
Que excede o Grão Senhor na qualidade;
Tudo quer senhoria; o próprio frade
Alega, para tê-la, o jus da c'roa!


De timbres prenhe estás; mas oiro e prata
Em cruzes, com que dantes te benzias,
Foge a teus infanções de bolsa chata.


Oh que feliz e esplêndida serias,
Se algum fusco Merlim, que faz bagata,
Te alborcasse a pardaus as senhorias!


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Pena de Talião


Ao Padre José Agostinho de Macedo



Tu nihil invita dices, faciesve Minerva.
Horácio, Arte Poética, V, 385


Invidia rumpantur ut ilia Codro.
Virgílio, Écloga VII


(. . .)


Refalsado animal, das trevas sócio,
Depõe, não vistas de cordeiro a pele.
Da razão, da moral o tom que arrogas,
Jamais purificou teus lábios torpes,
Torpes do lodaçal, donde zunindo
(Nuvens de insetos vis) te sobem trovas
À mente erma de idéias, nua de arte.


(. . .)


Sanguessuga de pútridos autores,
Que vais com cobre vil remir das tendas,
Enquanto palavroso impõe aos néscios
E a crédulo tropel, roncando, afirmas
Que resolveste o que roçaste apenas
(Falo das Artes, das Ciências falo);
Enquanto a estátua da Ignorância elevas,
Os dias eu consumo, eu velo as noites
Nos desornados, indigentes lares;
Submisso aos fados meus ali componho
À pesada existência honesto arrimo,
Co'a mão, que Febo estende aos seus, a
poucos.
Ali deveres, que não tens, nem prezas,
Com fraternal piedade acato, exerço;
Cultivo afetos à tua alma estranhos,
Dando à virtude quanto dás ao vício.
Não me envilece ali de um frade o soldo,
Ali me esforça ao gênio as ígneas asas
Coração benfazejo, e tanto e tanto
Que a ti, seu depressor, protege, acolhe;
Que em redondo caráter te propaga
A rapsódia servil, poema intruso,
Pilhagem que fizeste em mil volumes,
Atulhado armazém de alheios fardos,
Onde a Monotonia os mexe, os volve,
E onde teimosa Apóstrofe se esfalfa,
Já co'os Céus intendendo e já co'a Terra.


(. . .)


Prossegue em detrair-me, em praguejar-me,
Porque Délio dos prólogos te exclui:
Pregoa, espalha em sátiras, em lojas
Que Zoilos não mereço, e sê meu Zoilo:
Chama-me de Tisífone enteado,
Porque em fêmeo-belmírico falsete
Não pinto os zelos, não descrevo a morte;
Erra versos, e versos sentencia;
Condena-me a cantar de Ulina e d'anos.
Agrega o magro Elmano ao fulho Esbarra;
Ignora o baquear, que é verbo antigo,
Dos Sousas, dos Arrais somente usado;
Metonímias, sinédoques dispensa;
Dá-me as pueris antíteses, que odeio;
De estafador de anáforas me encoima;
Faze (entre insânias) um prodígio, faze
Qual anda o caranguejo andar meus versos;
Supõe-me entre barris, entre marujos
(De alguns talvez teu sangue as veias honre):
Mas não desmaies na sua carreira; avante,
Eia, ardor, coração . . . vaidade, ao menos!
As oitavas ao Gama esconde embora,
Nisso não perdes tu nem perde o mundo;
Mas venha o mais: epístolas, sonetos,
Odes, canções, metamorfoses, tudo . . .
Na frente põe teu nome, e estou vingado.


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